Na mudança da seleção olímpica de Salvador para São Paulo, é bem provável que a dupla do Grêmio, Walace e Luan, se mantenha na equipe de Rogério Micale – que ingressa na reta final dos Jogos do Rio, rumo à medalha de ouro. Nos bastidores da seleção, as atuações do volante e do atacante mereceram elogios, na melhor partida da equipe até aqui, na Olimpíada: a goleada de 4 a 0 sobre a Dinamarca.
Além disso, com a presença do técnico da Seleção Brasileira, Tite, junto à equipe olímpica poderá representar convocação da dupla gremista para as Eliminatórias. A CBF pediu à Fifa para adiar do dia 15 para o dia 22 de agosto a convocação da Seleção para a partida contra o Equador – a estreia de Tite, em Quito –, pois deseja contar com alguns dos atletas que disputam a Olimpíada.
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Para a decisão das quartas de final do torneio, contra a Colômbia, neste sábado, às 22h, na Arena Corinthians, em São Paulo, a tendência é que volante e atacante sejam titulares. Internamente, o desempenho de Walace diante dos dinamarqueses foi considerado muito bom, pois, ao substituir o suspenso Thiago Maia, ele emprestou segurança à marcação no meio-campo, além de liberar os avanços de Renato Augusto – até então, o jogador mais vaiado da seleção na Olimpíada.
Já Luan parecia a peça que faltava na engrenagem do ataque. É bem verdade que ele já havia se juntado ao trio Neymar–Gabriel Jesus-Gabriel Barbosa em meio ao 0 a 0 com a África do Sul e com o Iraque, mas, na noite de Salvador, deu novo ritmo ao setor ofensivo ao iniciar a partida como titular.
– O bom do nosso sistema é que podemos variá-lo. Do 4-2-4, em alguns momentos, ele se transforma em um 4-2-3-1 – comentou Micale. – O Neymar jogou no posicionamento dele de origem no Barcelona, o que permitiu a rotatividade no ataque, principalmente com o Luan, que já faz essa função de rodar por todo o ataque no Grêmio. E a entrada do Walace nos dá essa confiança defensiva, pois passamos a jogar com dois volantes pelos lados, em vez de um tripé – explicou o treinador.