Juventude aposta em organização tática para brecar o tiki-taka do Guaratinguetá neste sábado, em Barueri

Por alguns, pode ser visto como loucura. Por outros, uma inovação tática dentro do futebol brasileiro. Fato é que enfrentar o Guaratinguetá nesta temporada passou a ser um grande desafio. Um jogo diferente e sem qualquer previsibilidade.

Sabedor de tudo isso, o Juventude encara o rival paulista neste sábado, às 15h, na Arena Barueri, em duelo direto por uma das vagas na próxima fase da Série C. As duas equipes somam 21 pontos, assim como o Caxias. O Guará fica com a quarta posição pelo saldo de gols. 

O Guará optou por mudar o local da partida e escolheu um estádio com gramado maior e em melhores condições, o que favorece o estilo de jogo com toque de bola constante. A resposta terá de vir com marcação firme.

- A qualidade técnica e a maneira que joga o Guaratinguetá te obriga a não ficar no meio do caminho. A proposta deles é que você faça isso. Para nós, não é uma estratégia simples de fazer. Vamos procurar não sair da nossa maneira de jogar, mas atento a forma deles atuarem - diz o técnico Picoli.

Em uma semana decisiva, que teve um protesto silencioso dos atletas devido aos dois meses de salários atrasados, Picoli observou algumas opções táticas. A mudança mais significativa foi a saída do meia Diogo Oliveira para o retorno de Jardel. No ataque, Rogerinho e Douglas foram testados na vaga de Macena, suspenso.

O treinador cobrou maior efetividade nas finalizações e, principalmente, atenção redobrada com a intensa movimentação do adversário.

- A ideia é simplificar, manter a postura da equipe. Muda no ataque, mas no restante dos setores, praticamente não altera. É não começar a correr atrás do adversário, que essa é a proposta de quem tem joga com essa posse de bola. Eles querem desorganizar o adversário. Tem que cuidar para não entrar nessa ideia, pois senão teremos problemas - avisa o treinador.