A Kombi da Copa retornou a Caxias na manhã desta sexta-feira após percorrer 7.117 quilômetros em 17 dias. O grupo de cinco amigos caxienses esteve em oito estados durante o Mundial (RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES e BA). O quinteto é formado pelo fotógrafo André Susin, o empresário Cesar Gregoletto, o representante Rodrigo Rocha, o veterinário Rogerio Poletto e o microempresário Leomar Lima.
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A Kombi, que ganhou o apelido de Preciosa durante a viagem, ainda não tem destino certo. A ideia inicial era vender o veículo após a aventura. Mas o desempenho foi tão satisfatório - não houve nenhuma falha mecânica ao longo do percurso - e os cinco amigos apegaram-se tanto à Preciosa que é possível que não se desfaçam da Kombi, fabricada em 1993. Satisfeitos e com a amizade ainda mais fortalecida, os cinco cogitam planejar novas empreitadas.
- Rumo à Rússia 2018! - diverte-se Poletto, em referência ao próximo Mundial.
- Não é o veículo mais confortável do mundo, mas deu tudo muito certo - completa Rocha.
Eles, que revezaram-se na direção durante a viagem, contam que os únicos imprevistos foram patrocinados por um GPS desatualizado e pouco funcional. A aventura foi sendo planejada a cada dia, com a única regra de sempre parar para assistir aos jogos da Seleção Brasileira - mesmo que fosse em um posto de gasolina de beira da estrada na divisa entre Minas Gerais e Bahia, como aconteceu na partida contra Camarões.
Além das paradas relacionadas à Copa (entre elas, a Fan Fest em Porto Alegre), a Kombi também passou por pontos turísticos como Aparecida, Maresias (SP), Morro de São Paulo, Itacaré (BA) e Paraty (RJ). Em Teresópolis, no Rio, estiveram na Granja Comary, local da concentração da Seleção Brasileira. Neymar e companhia não estavam por lá quando os caxienses chegaram, mas a simpatia de funcionários pelos amigos da Kombi rendeu fotos em locais de acesso restrito do centro de treinamento.
Mesmo a partida entre Bósnia e Irã, que viram ao vivo na Fonte Nova, em Salvador (BA), surpreendeu positivamente o grupo. Os ingressos foram comprados antes do sorteio que definiu os jogos. Quando souberam quais seleções assistiriam, rolou uma decepção, que foi completamente refutada quando chegaram na arena.
- Foi um baita jogo, com todo aquele clima de Copa do Mundo de festividade e integração entre as torcidas - afirma Susin.
Eles, que destacaram a receptividade e o clima festivo de todos os lugares por onde passaram como um dos aspectos mais positivos da viagem, lamentam que o espírito da Copa esteja mais adormecido em Caxias.
- Cheguei pronto para assistir ao jogo do Brasil na praça ou no Parque dos Macaquinhos. É uma sacanagem não ter telão. Qualquer cidadezinha tem - disse Poletto, em tom de reivindicação.