Diego Costa da Silva, 34 anos, estava de férias em Caxias do Sul até quinta-feira. O goleiro iniciou a carreira nos juniores do Juventude com 17 anos, após ser dispensado pelo Grêmio. No Alfredo Jaconi, integrou o grupo campeão gaúcho e da Copa do Brasil.
VÍDEO: 100 anos do Juventude: Diego Costa Silva
Na histórica campanha da Série A de 2002, era capitão da equipe comandada por Ricardo Gomes que liderou o campeonato por várias rodadas e chegou até as quartas de final. Naquele ano, ainda faturou a Bola de Prata como o melhor da posição. E tinha apenas 22 anos.
- Eu me lembro muito da final do Gauchão contra o Inter, em 1997. Era meu primeiro ano de júnior. Foram três jogos, o Mano Menezes era o nosso técnico. A imagem que tenho na memória é subindo o túnel para entrar no campo. Eu pensava: eu ainda vou subir aqui como profissional - conta Diego.
Alçado ao status de ídolo, se transferiu para o Atlético-PR onde chegou aos vices do Brasileiro e da Libertadores em 2004 e 2005. No Fluminense, em 2007, bateu outra vez na trave na Copa do Brasil. Acossado por uma série de lesões, passou ainda pelo Santo André antes de rumar para a Europa.
Fora do país, Diego encontrou sucesso em Portugal. Em uma temporada no Leixões e duas pelo Vitória de Setúbal, foi eleito por três vezes consecutivas o melhor goleiro do campeonato nacional e garantiu uma Bola de Ouro como melhor jogador da competição, a frente até de Hulk, do Porto da Seleção.
A valorização foi fulminante e propostas de grandes clubes como Mônaco, Sporting e Galatasaray foram rechaçadas pelo Vitória, que só o liberou ao Gazala, do Azerbaijão, mediante uma quantia irrecusável, no ano passado.
- Eu não vou negar, a única razão de estar no Azerbaijão é a financeira. Cheguei a negar seis vezes a proposta deles, mas foi irrecusável mesmo. A carreira de jogador é curta, não posso perder a oportunidade de dar o melhor para a minha família. Eu me sinto no melhor momento da minha carreira e apesar de estar longe deles, estou feliz, sei que eles estão tranquilos - explica.
A mulher Michele Callai e os filhos Lorenza, nove, e Diego, oito, vivem em Caxias. Além do nome, o caçula, parece ter herdado os talentos do pai. Com oito anos, joga desde maio na escolinha do alviverde. Com luvas nas mãos.