Desde o fim da semana passado, os carregamentos de combustível estão conseguindo chegar a Caxias do Sul, garantindo o abastecimento nos postos de gasolina. A situação, porém, ainda não está totalmente normalizada. A preocupação do setor agora é com o fornecimento de gás de cozinha (GLP), tanto por botijões quanto por caminhões que abastecem diretamente prédios e empresas.
De acordo com Vilson Pioner, presidente de Sindipetro Serra, sindicato que representa os postos de Caxias e região, os caminhões que fazem o transporte do gás não conseguem chegar na base de abastecimento junto à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Apesar disso, afirma que os postos da cidade ainda têm estoque de botijões.
Já a gasolina está sendo carregada na Região Metropolitana de Porto Alegre e chega à cidade pela RS-446. A estrada que liga São Vendelino a Carlos Barbosa foi liberada no fim de semana e tem trânsito parcialmente restrito.
— A gasolina está sendo fornecida pela Shell e pela Petrobras, porque não dá para chegar nas bases das outras distribuidoras. No caso do gás ninguém consegue chegar na base. Ainda não tem previsão de quando vai ser possível transportar — afirma.
A situação dos hospitais de Caxias do Sul também está dentro da normalidade. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, as unidades de pronto atendimento (UPAs) têm recebido oxigênio conforme previsto, mesma situação de hospitais como Pompéia e Unimed. As duas instituições privadas também recebem insumos normalmente.
O hospital Virvi Ramos afirmou que tem oxigênio para os próximos dias e verifica a questão logística com o fornecedor. A expectativa é de que o estoque não seja totalmente recomposto porque a carga vai ser dividida com outras instituições. A unidade de saúde não recebe novos insumos há alguns dias e negocia caso a caso com os fornecedores a logística de entrega.
Nos supermercados, o Sindigêneros, sindicato que representa o setor, afirma que a cidade segue sem risco de desabastecimento. Conforme o presidente da entidade, Volnei Basso, produtores que antes estavam ilhados já conseguiam entregar a produção na Ceasa de Caxias na manhã desta segunda.
— Faltam poucos produtos. Também temos a informação de que caminhões que vêm de São Paulo estão chegando nesta terça-feira (7) — relata.
Basso afirma ainda que eventuais alterações nos preços de produtos nos supermercados se devem à retirada de benefícios fiscais por parte do governo do Estado e não à chuva. Os decretos assinados pelo governador Eduardo Leite entraram em vigor na última quarta-feira (1º).