Idealizado pela Associação das Damas de Caridade, o Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, completa 110 anos no próximo sábado (12). Localizado na Avenida Júlio de Castilhos, a instituição é referência para mais de 1, 2 milhão de pacientes na Serra. Para se manter ao longo dessas 11 décadas, o estabelecimento tem acompanhado as inovações tecnológicas. Nos últimos três anos, o Pompéia investiu R$ 7 milhões em obras, reformas e equipamentos. Essas reformas foram feitas em diversos setores do hospital, como áreas de acolhimento, no centro cirúrgico e no setor reservado ao atendimento a convênios e particular.
A instituição também promoveu um reposicionamento da marca, que, neste ano, passou a se chamar Pompéia Ecossistema de Saúde. Somente na área de desenvolvimento humano, investiu em três anos cerca de R$ 600 mil em busca de economia, para combater desperdícios em diversos setores. O valor foi aplicado com foco principal nas equipes gerenciais, assistenciais, médicas e de atendimento. A instituição também inova em processos e medicina de precisão, o que coloca o Pompéia no ranking internacional entre os melhores hospitais do mundo, segundo o ranking World's Best Hospitals 2022, da revista estadunidense Newsweeke, e pelo terceiro ano como o primeiro colocado da Serra.
A profissionalização de gestores e demais profissionais tem a finalidade de manter o equilíbrio financeiro, uma vez que o hospital é filantrópico, e por isso não pode visar lucros. Com essa visão voltada a práticas de gestão empresarial, o Pompéia busca evitar prejuízos e obter, ao menos, equilibrar as contas. Aposta em tecnologias e em qualificação profissional para se tornar atrativo em hospedagem à pacientes que buscam conforto para realizar procedimentos clínicos. É com atendimentos privados que o Pompéia compensa, de certa maneira, a defasagem dos valores repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Pompéia também investiu em conjunto com o governo federal cerca de R$ 20 milhões na compra de quatro equipamentos de alta tecnologia. Cerca de 70% do montante são recursos de projetos encaminhados ao Ministério da Saúde. Foram comprados aparelhos de mamografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e um PET-CT, que é o equipamento de diagnóstico para identificar metástases em pacientes oncológicos. Esses equipamentos têm grande capacidade diagnóstica. A ideia é investir cada vez mais em medicina de precisão, para qualificar o serviço prestado na Serra. E nesta terça-feira (8) será inaugurado, oficialmente, o novo centro de diagnóstico por imagem, que vai abrigar o PET/CET, aparelho que tem um nível de apuração 75% maior do equipamento que foi substituído e que já tinha sido pioneiro na Serra.
Entre os caxienses, é reconhecido como uma referência, até como afirmação para a terra natal da instituição. Afinal quem nunca escutou a expressão: "sou caxiense nascida no Pompéia". A própria repórter que escreve este texto já usou essa frase em mais de uma ocasião ao dizer de onde é natural. O carinho pelo hospital se deve à tradição e história da entidade, que atende em média 1,3 mil pacientes por mês, sendo cerca de 50 atendimentos por dia. Referência para a urgência e emergência, já que conta com um pronto-socorro aberto 24 horas por dia para atendimento pelo SUS. Nos últimos cinco anos, foram registrados 210.825 atendimentos em emergência. Para se ter uma ideia dos números da instituição de saúde, em média cerca de 4 mil pessoas circulam diariamente pelo local.
Técnicas de gestão empresarial
O hospital, que fatura anualmente cerca de R$ 250 milhões, pretende retomar a obra do novo prédio, mas ainda sem data definida, e projeta o futuro para se tornar o primeiro da região a ter cirurgia robótica. Atualmente, o prédio de 12 andares (térreo, mais nove e dois subsolos) se divide entre a rede pública de saúde e os convênios. São 287 leitos, sendo 173 leitos destinados ao SUS e 114 ao atendimento privado. A superintendente do Pompéia, Lara Sales Vieira, explica que, para buscar o equilíbrio financeiro, é preciso gerenciar os recursos dos atendimentos privados:
— O hospital filantrópico é como se tivesse duas empresas numa só. De um lado, um hospital que atende ao Sistema Único de Saúde contratualizado pelo Estado e pelo município, em que a gente presta assistência e somos remunerados pela tabela. Fora os incentivos que existem para compor as receitas relacionadas a esta prestação de serviço. E tem também um outro hospital, gerencialmente falando, que é privado e atende a convênios. No final disso tem um caixa único e é preciso fazer o equilíbrio desta balança. E é dessa geração da receita do atendimento dos convênios que nós neutralizamos o déficit que o SUS deixa.
Lara afirma que a instituição aposta na qualificação das equipes, porque, ao manter um hospital mais eficiente, evita desperdícios e consegue equilibrar as contas. Entre os exemplos, cita a eficácia no preparo dos pacientes para cirurgia, para evitar que elas sejam canceladas, e a redução no tempo médio de internação.
— Tínhamos um tempo médio de permanência de cada paciente no hospital por volta de oito dias, às vezes 10, numa especialidade de alta complexidade. Nós reduzimos esse tempo para quatro, cinco, quando muito seis dias. Ou seja, naquele mesmo leito se consegue receber mais pacientes, porque os que já foram atendidos permaneceram menos no hospital. Isso é eficiência. Gera mais receita com um único leito, atendendo mais pacientes.
A gestão, inclusive, foca em busca de negociações de contratos com os fornecedores, e de qualificação também desses fornecedores, para tornar o custo o menor possível. Negociando contratos e oferecendo produtos de assistência médica.
Pompéia é responsável por 51,2% dos atendimentos ambulatoriais do SUS
Em busca de manter este equilíbrio, o Pompéia está focado em manter o olhar voltando às áreas em que é referência em alta complexidade, que são a neurocirurgia, nefrologia, traumato-ortopedia, oncologia e cirurgia cardíaca. Segundo a superintendente, entre os 19 hospitais da Serra, o Pompéia representa 33,4% das internações e 51,2% dos atendimentos ambulatoriais feitos pelo SUS, sendo que destina 84% da capacidade para a rede pública de saúde. O plano é de reduzir alguns serviços, já que a Lei da Filantropia estabelece um mínimo de 60%. Para se ter uma ideia, foram atendidos mais de 1,061 milhão de pacientes nos últimos cinco anos.
A instituição também avalia a alternativa de fechar a maternidade da instituição.
— Existem outros hospitais na região que são referência hoje na linha materna-infantil. A ideia de devolver a maternidade para o poder público é para que seja realocada num outro hospital. Para que a gente continue conseguindo sustentar a operação na alta complexidade —afirma a superintendente.
Lara lembra que o Pompéia é o único hospital porta aberta na região para traumato-ortopedia e neurocirurgia, com uma retaguarda caso o paciente precise acessar o centro cirúrgico. O que gera um custo operacional alto.
Ainda sobre os investimentos, foram reformadas áreas importantes para acolhimento e atendimento aos pacientes, nas enfermarias, além da parte cirúrgica, com mais tecnologia para o centro e também para o diagnóstico.
— Dentro do nosso modelo de gestão, trouxemos um sistema onde a gente acompanha os dados de produção e os resultados do hospital em tempo real. Acompanhamos proativamente os resultados, então eu deixo de olhar pelo retrovisor. Esse é o grande diferencial da nossa gestão. A gente acompanha muito o que está acontecendo no dia a dia da instituição, nos resultados, de forma a intervir mais rapidamente e garantir sustentabilidade e a busca de equilíbrio econômico financeiro.
Atendimento personalizado
Um dos diferenciais é o atendimento personalizado para pacientes do convênio ou particular. Lara destaca que o Pompéia recebe até pacientes de fora do país, especialmente para procedimentos na especialidade de urologia, que tem uma técnica patenteada por um profissional que atua no hospital. Assim, de cada 10 pacientes atendidos, sete são de fora do Rio Grande do Sul, em busca deste procedimento:
— Isso tem feito para a gente atraia uma linha de turismo médico para dentro do hospital e para dentro de Caxias do Sul, porque este paciente que vem nos buscar é porque temos uma entrega diferenciada, sobretudo nessa especialidade. Recebemos recentemente pacientes do Canadá e estamos nos preparando para receber um da Austrália.
Lara ressalta que os leitos foram reformados e que o atendimento tem um conceito de hotelaria, similar a um hotel, para atrair os pacientes.
— Fizemos uma grande reforma em leitos para atendimento ao paciente particular e convênio. Atualmente temos uma linha de atendimento diferenciada. Então, desde o momento em que esse paciente sabe que vai operar no Pompéia, recebe um checklist onde a gente levanta quais são as preferências e os hábitos dele, para esse atendimento voltado àquele paciente —afirma Lara.
Futuro do Pompéia
Sobre o reposicionamento da marca, em que a instituição passou a se chamar Pompéia Ecossistema de Saúde, o objetivo é reforçar esta busca pela sustentabilidade. A ideia é que a instituição seja vista não apenas como uma entidade filantrópica, mas como uma entidade privada que precisa de investimentos para continuar sustentável.
Com esse olhar voltado ao futuro, o Pompéia pretende retomar a obra do edifício garagem e do centro clínico. O prédio de 14 andares contará com clínicas de reabilitação de pacientes cardíacos, neurológicos e politraumatizados. Lá também serão concentrados os consultórios e áreas com especialidades às quais a instituição é referência, como a urologia, traumatortopedia, neurologia e, principalmente, cirurgia robótica.
A superintende ressalta que a região ainda não conta com essa tecnologia, mas já adianta que, quando viabilizada, permitirá um resultado mais seguro e efetivo para os pacientes em algumas cirurgias. Ela cita procedimentos como o do aparelho reprodutor do homem e nas redutivas, como bariátrica, além das cardíacas.
— Nós também seremos um celeiro de formação médica para a instrução de cirurgia robótica. Não vamos estar só operando esse novo aparelho, mas também estaremos formando. E seguiremos investindo muito no check-up, na medicina preventiva, dentro desta ideia do Pompéia de ser um ecossistema, ou seja, onde paciente vem tanto para prevenir, quanto para o diagnóstico e tratamento. Porque temos todas as soluções para as questões de saúde.
Oportunidade de crescimento
Para um dos 1.483 colaboradores do hospital, o Pompéia significa crescimento. O supervisor de Hotelaria, Alisson Antônio da Silva, 29 anos, é natural do Paraná e trabalha há oito anos na instituição. Sobre a hotelaria, Silva ressalta que o atendimento personalizado aos pacientes que buscam atendimentos exclusivos traz mais conforto ao público. Justamente pelo quarto ser mais parecido com a estrutura de um hotel.
Desde que chegou, já passou por mais de uma função. Começou como auxiliar de portaria, onde permaneceu por quatro meses, e em seguida passou para a função de recepcionista à noite. Naquela época, começou a cursar Enfermagem e trabalhava como monitor:
— Neste cargo como monitor, acabei tendo contato maior com médicos, diretores, gerência e com as coordenações e fui ganhando a confiança de todos. Depois, atuei como plantão administrativo, que responde pelo hospital inteiro durante o final de semana. Me formei em Enfermagem, e hoje sou supervisor de Hotelaria. Para resumir a minha trajetória no Pompéia, eu só vejo uma palavra: crescimento. Me deram oportunidade de crescer e me deram chances de chegar onde estou — comemora Alisson da Silva.
Atualmente, Silva atua diretamente com a área da higienização, hotelaria e lavanderia, onde há cerca de 140 colaboradores.
— Como sou enfermeiro, consigo atuar juntamente com o controle de infecção, arrumar fluxos que estão às vezes desalinhados. É gratificante trabalhar nesta área, porque você pode ajudar os pacientes de uma forma simples e também de maneiras mais complexas, desde trocar um lençol até higienizar um leito — explica ele.
Primeiro emprego
Natural de Caxias, Emanuela de Oliveira Cardoso, 30, é supervisora de departamento pessoal, setor onde começou como jovem aprendiz no ano de 2010. Nestes 13 anos, sempre trabalhou na área.
— Hoje eu atuo com mais quatro pessoas e cuidamos da folha de pagamento de 1.483 colaboradores. O desenvolvimento do nosso trabalho durante o mês culmina no pagamento dos funcionários, então é um setor muito importante — orgulha-se Emanuela.
Além do primeiro emprego ser no Pompéia, Emanuela conhece a instituição desde pequena:
— O Pompéia é referência para muitas cidades e para mim é muito gratificante estar aqui dentro, até porque eu venho de uma família que também trabalhou aqui. A minha mãe atuou por 35 anos na Copa, então eu conheço o hospital há muitos anos. No Pompéia eu tive oportunidades de crescer e me desenvolver profissionalmente — ressalta Emanuela.
Primeira profissional vacinada contra covid-19
A enfermeira Gabriela Picolotto da Rocha, 30, trabalha há 10 anos no Pompéia. Ingressou no hospital em uma vaga de estágio como auxiliar de posto. Naquela época, fazia o curso técnico em enfermagem na Escola do Pompéia. Em 2015, se formou e passou a trabalhar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em 2020, já formada também em Enfermagem, Gabriela trabalhava na UTI 3, onde atendia pacientes infectados com o vírus da covid-19. No ano seguinte, foi escolhida pela instituição para ser a primeira profissional do Pompéia a ser vacinada contra o coronavírus:
— Eu fiquei muito grata e feliz, porque a gente estava vivendo um momento de tanta exaustão, de incerteza e aquele momento ficou marcado como uma esperança para mim e para todos os meus colegas da equipe.
Para Gabriela, cuidar das pessoas é o mais gratificante da profissão:
— Não tenho ideia de quantos pacientes eu atendi em minha vida. Às vezes, a gente conhece eles numa situação muito delicada, que modifica até a aparência física, e eles voltam para nos agradecer pelo cuidado e pela assistência que receberam. É muito gratificante atender esses pacientes, levar conforto e cuidar de todos nestes momentos em que eles mais precisam.
Doação ao próximo
A atual presidente do Pio Sodalício das Damas de Caridade, Sandra Maria Paim Della Giustina Barp, 71 anos, é voluntária do hospital há 25 anos. Atualmente, atua ao lado de outras 25 mulheres na entidade que é a mantenedora do Pompéia desde a fundação, no ano de 1913.
— O Pompéia é uma casa de saúde muito importante, onde temos o Pio Sodalício formado por 26 Damas de Caridade, com um estatuto próprio. Regido pelos principais objetivos por ocasião da Fundação da Associação das Damas de Caridade de Caxias do Sul, que mais tarde passou-se a denominar Pio Sodalício das Damas de Caridade. Atualmente, acompanha a modernidade e se tornou Pio Sodalício das Damas de Caridade do Pompéia Ecossistema de Saúde — afirma ela, se referindo à nova logomarca da instituição lançada neste ano.
Sobre a nomenclatura Pio Sodalício, Sandra também esclarece o significado:
— Pio é ser piedoso e compassivo, uma congregação de pessoas que cumprem deveres religiosos com finalidade e caridade. E sodalício quer dizer sociedade de pessoas que trabalham juntas ou em comum. Somos um grupo ou uma sociedade de pessoas que trabalha com a mesma finalidade, em conjunto e no mesmo ritmo.
As Damas de Caridade atuam em várias frentes de trabalho dentro do hospital. Segurando uma caixa onde estão sapatinhos de bebês confeccionados em crochê, ela ressalta outras atribuições das voluntárias:
— Somos responsáveis pela pastoral do acolhimento, pela pastoral da saúde, pela confecção de roupas para as pessoas carentes, por um bazar interno que possa atender os funcionários e colaboradores da casa. Assim, a gente vai seguindo, atendendo, amando, tendo resiliência, e empatia. O voluntariado é ter em primeiro plano o zelo pela vida do outro.
A História das Damas de Caridade
Em 1913, no começo do século 20, Caxias do Sul tinha sido elevada à categoria de cidade e estava em pleno crescimento. Depois de muitas visitas a doentes carentes e após terem doado o altar-mor à Igreja Santa Tereza, um grupo de senhoras uniu forças para cumprir a missão de acolher a todos que necessitassem de cuidados com a saúde. Elas eram damas da sociedade da época que mantinham na memória a história de luta dos imigrantes europeus, cheios de esperança para vencer as dificuldades. Ao verem tantos necessitados pelas ruas de Caxias e da Serra, elas fundaram o Pio Sodalício Damas de Caridade de Caxias do Sul.
A fundação da casa hospitalar data de 12 de agosto de 1913. Foi então que nasceu o Pompéia no Palacete Rosa ou Palacete das Damas de Caridade, localizado na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Rua Marechal Floriano. Embrião do hospital, a edificação de três pavimentos – datada dos anos 1910 aproximadamente – foi adquirida pela Associação Damas de Caridade para abrigar os primeiros trabalhos do grupo na área da assistência de saúde aos mais necessitados.
A instituição foi inaugurada oficialmente em 24 de junho de 1920 sob a direção do médico italiano Romulo Carbone. O Pompéia funcionou no casarão de esquina até o início dos anos 1940, sendo que o novo prédio foi inaugurado em 25 de dezembro daquele ano. O palacete ficou ativo até meados dos anos 1960, quando foi demolido para abrigar a ala existente até hoje. Desde a fundação do hospital, o Pompéia nunca deixou de atender pela rede pública de saúde de Caxias do Sul e da Serra gaúcha. De acordo com raros registros históricos na época em que a Associação das Damas surgiu, o culto a Nossa Senhora do Rosário de Pompéia era muito forte entre as famílias dos italianos que povoaram Caxias, o que motivou a homenagem.
Pompéia em números
Investimentos também nos outros hospitais filantrópicos
Dos hospitais filantrópicos, não é somente o Pompéia que tem investido. O Geral e o Virvi Ramos, que também atendem pelo SUS em Caxias do Sul, estão aplicando aportes financeiros para melhorar as estruturas e, consequentemente, o atendimento ao público.
No caso do HG, foram investidos cerca de R$ 35 milhões na obra do novo prédio. Deste valor, mais de R$ 22 milhões foram investidos na construção, e mais de R$ 12 milhões em equipamentos. Com a ampliação, os pacientes atendidos pelo SUS em 49 municípios da Serra contam com 118 novos leitos. A previsão é de que no dia 21 de agosto sejam reativados 15 leitos de internação na estrutura atual do Hospital Geral, após a transferência da UTI adulto para o novo prédio do HG.
Ainda conforme o cronograma do hospital, a UTI pediátrica será transferida para o novo prédio na última semana de agosto. Assim terá a abertura de 12 leitos de internação no primeiro prédio. Já na segunda semana de setembro está prevista a abertura de outros 27 leitos de internação no novo prédio. Na quarta semana de setembro, o hospital abrirá 10 leitos de UTI Neonatal no prédio atual e também a abertura de seis leitos de internação na atual estrutura.
O Complexo Hospitalar Virvi Ramos também realiza diversas melhorias desde 2022. Já foram inaugurados um prédio mais moderno, que possibilitou novo acesso aos pacientes, um novo pronto atendimento, e um centro de endoscopia mais amplo e moderno. Além disso, em julho foi inaugurado o CER II Clélia Manfro, Centro Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual. Agora o centro auditivo tem habilitação para atuar também na área intelectual, sendo que o atendimento é exclusivamente pelo SUS. Outra novidade é a reabilitação auditiva para crianças de 0 a 3 anos. Até então, esse público tinha que ir a Porto Alegre para conseguir atendimento.
Desde o ano passado, a instituição integra o Programa Estadual TEAcolhe, com um Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro Autista, que atende seis municípios da Serra pelo SUS. O Hospital Virvi Ramos conta com 153 leitos, sendo 63% (96 leitos) dedicados ao atendimento da rede pública de saúde. Na parte ambulatorial fechou o primeiro semestre com 92% de atendimentos SUS. No que se refere à internações pelo SUS, o percentual foi de 66% de janeiro a junho de 2023, totalizando uma média de 79% de atendimentos no semestre inicial do ano, acima do exigido por lei. No total, realiza em média 4.800 atendimentos por mês pela rede de saúde pública. A mantenedora é responsável também pela Faculdade Fátima, que oferta cursos de graduação, técnicos e de extensão, inclusive com bolsas de estudo de 50% e 100%.