A segunda rodada de negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs) ocorreu nesta terça-feira (20). O encontro ocorreu por volta das 14h30min, na sede do sindicato patronal, em Caxias do Sul. A reunião durou cerca de 40 minutos.
O presidente Assis Melo entregou a pauta de reivindicações para o presidente da entidade patronal, Ubiratã Rezler. Enquanto o sindicato dos trabalhadores solicita reajuste de 10%, o Simecs ofereceu no encontro desta terça um aumento de 4,24%.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a proposta foi rejeitada na mesa de negociação. Está agendada uma assembleia para o sábado (24), a partir das 9h30min, na sede do sindicato. Assis ressalta que lá a categoria irá definir os rumos da campanha salarial e decidir se os trabalhadores vão negociar com o sindicato patronal ou empresa por empresa.
O Simecs, em nota, ressalta que "diante do atual cenário econômico de incertezas expressado pelas empresas em assembleia, o Simecs apresentou uma proposta de reposição total da inflação acumulada na data-base mais ganho real, totalizando 4,24% e aguarda um posicionamento da categoria profissional".
No dia 05 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos entregou oficialmente às reivindicações ao Simecs. O encontro aconteceu dois dias depois do índice solicitado ser definido em assembleia pelos trabalhadores. Depois disso, em 15 de junho, aconteceu um novo encontro onde foi apresentado o cenário atual e futuro das empresas. Naquela ocasião o patronal não apresentou uma proposta à categoria.
A data-base do período para negociações é em junho, o que significa que a inflação acumulada dos últimos 12 meses, a contar desse mês, costuma ser uma referência para as tratativas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base, só foi divulgado até o mês de abril. Mas, para se ter uma ideia, nos últimos 12 meses divulgados, o acumulado foi de 3,83%. Além dos 10%, o sindicato dos metalúrgicos está pedindo elevação do piso da categoria para R$ 3,5 mil, entre outras reivindicações.