Veranópolis, na Serra, constatou a morte de oito animais com suspeita de raiva bovina. Os casos foram verificados em três propriedades diferentes, na comunidade de Pompéia. A raiva é transmitida aos bois através da mordida dos morcegos hematófagos (aqueles que se alimentam com sangue).
Segundo a inspetoria de Defesa Agropecuária, são sete casos suspeitos da doença em bovinos e um em equino no município.
Conforme o Fiscal Estadual Agropecuário da Inspetoria de Defesa Agropecuária, Ivan Wetzel, o maior desafio é encontrar os abrigos dos morcegos, além da falta de vacinação, que precisa ser feita anualmente. É importante destacar que a vacina tem custo baixo: cerca de R$ 3 a dose.
— Os sintomas característicos da raiva são andar cambaleante, que vai evoluindo para uma paralisia. O animal para de ingerir água e alimentos e acaba morrendo num período variável. Aqui, temos encontrado os animais morrendo entre quatro até seis dias, que é bem o período de incubação, de desenvolvimento da doença — detalha o fiscal.
Em julho, foi registrado o primeiro foco da raiva bovina na Serra, neste ano. Pelo menos seis animais morreram em propriedades em Nova Roma do Sul. Ao todo, 39 animais já morreram com suspeita da doença na região. Caso não esteja vacinado, o animal adoece e morre poucos dias depois. Já para os humanos, a doença não oferece risco direto.
Os casos de raiva bovina na Serra são considerados raros. Os últimos foram registrados em 2017, em São Francisco de Paula, e, em 2018, em Gramado.
Colabore
As pessoas podem avisar se depararem com algum animal morto, colônia de morcegos ou animal com suspeita de estar infectado. As denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp (51) 98445 2033.