Um foco de raiva em bovinos foi registrado em propriedades que ficam entre os municípios de Nova Roma do Sul e Veranópolis, perto do Rio da Prata. É o primeiro foco, neste ano, na região.
A Secretaria da Agricultura do Estado estima que pelo menos seis bois morreram vítimas da doença neste mês, mas o número pode ser maior porque pode haver subnotificação.
A raiva é transmitida aos bois por meio da mordida dos morcegos hematófagos (aqueles que se alimentam com sangue). O vírus fica incubado no organismo do gado. Se ele estiver vacinado, o próprio organismo se defende do vírus. Caso contrário, o animal adoece. E a raiva não tem cura. Especialistas dizem que, de sete a dez dias, a doença acaba levando à morte do animal.
Os casos de raiva na Serra são considerados raros. Os últimos foram registrados em 2017 em São Francisco de Paula e em 2018 em Gramado.
Nesse local, onde foram registrados os casos mais recentes, a Inspetoria Veterinária disse que esteve por lá há menos de um ano, trabalhando de forma preventiva, orientando os produtores a não deixarem de vacinar o gado e também buscando refúgios onde os morcegos podem se agrupar. A vacina tem custo baixo: cerca de R$ 3.
As pessoas podem avisar se depararem com algum animal morto, colônia de morcegos ou animal com suspeita de estar infectado. As denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp 51 98445 2033.
Em todo o Rio Grande do Sul, neste ano, já foram registrados 70 focos de raiva em bovinos, sendo a região da Fronteira Oeste a que acumula mais casos. A raiva em bovinos não oferece risco direto aos humanos.