Nesta quarta-feira (18), o projeto do Porto Meridional, de Arroio do Sal, é apresentado na Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS). Na reunião-almoço, os engenheiros João Acácio Gomes de Oliveira Neto, presidente da DTA Engenharia — que lidera o empreendimento e, Fernando Carrion (ex-deputado federal), detalham as etapas necessárias para a construção do porto marítimo.
Como revelado em reportagem do Pioneiro, em abril deste ano, o Porto Meridional ainda precisa de licenças ambientais do Ibama e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). O planejamento é conseguir as autorizações neste ano para que as obras comecem no primeiro trimestre de 2023.
O engenheiro João Acácio avalia que a apresentação do Porto Meridional para AARS é mais uma oportunidade de mostrar como o empreendimento é importante para o Rio Grande do Sul. O presidente da DTA Engenharia ainda vê que o setor do aço, que tem um importante polo na Serra gaúcha, pode ser bastante beneficiado com a construção em Arroio do Sal.
— A produção de aço acaba embarcando nos outros portos, como em Santa Catarina, Paraná e até em São Paulo. A região, principalmente da Serra, é uma entusiasta do projeto, já que está próxima de Arroio do Sal, para poder exportar. E o custo logístico, hoje com o aumento do óleo diesel, está cada vez mais difícil, ainda mais com essas crises e guerras. Então, o pessoal está brigando por quilômetro de distância para economizar. Amanhã depois, o pessoal do aço estará fazendo a cabotagem (transporte entre portos) através do Porto de Arroio do Sal — destaca o engenheiro.
Entre os filiados da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS) estão empresas como Randon, Marcopolo, Tramontina, ArcelorMittal e Gerdau.