Região que atrai turistas ao longo de todo o ano, mas especialmente durante as comemorações natalinas, as Hortênsias tiveram ocupação de leitos em dezembro de 72%. Entre Natal e Ano-Novo, chegou a 80%. Os números são parecidos aos do final de 2020, conforme o presidente do Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares e Similares da Região das Hortênsias (Sinditur), Claudio Souza. Segundo ele, a maioria dos visitantes se planejou com antecedência e comprou pacotes meses antes para passar as festas de fim de ano em Gramado e Canela. Turistas de última hora chegaram a cerca de 5%. A expectativa, segundo Souza, é que o início do ano siga com boa movimentação.
— Em janeiro deve chegar a 70% a ocupação. Fevereiro sempre foi um mês ruim para a região, mas está se mostrando melhor. As reservas já representam cerca de 20% de ocupação. Com o cancelamento do Carnaval no Rio de Janeiro e Salvador, devemos ter mais movimento aqui — espera.
O grande fluxo de pessoas visitando a Região das Hortênsias não foi motivo de preocupação em relação à covid-19, já que, segundo Souza, as medidas sanitárias foram e estão sendo cumpridas. O presidente do Sinditur destaca o bom comportamento dos visitantes, que demonstram maior aceitação em relação aos protocolos para prevenção do contágio do coronavírus.
— Está mais fácil de conscientizar o turista. Ele está usando mais a máscara, não tem mais tanta resistência — elogia.
Eventos de Natal
Em Canela, desde o início do Sonho de Natal, em outubro, 2 milhões de pessoas circularam pela cidade e parques temáticos, conforme a organização do evento. Entre Natal e Ano-Novo foram 300 mil. Os shows no entorno da Catedral reuniram 1,2 milhão de espectadores. A edição termina domingo, dia 9.
Região da Uva e do Vinho
Na base territorial do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria — Região Uva e Vinho (Segh), que engloba 20 municípios, a taxa de ocupação no Natal e no Ano-Novo foi de 60%.
Segundo a diretora-executiva do Segh, Marcia Ferronato, a procura no Réveillon foi maior do que no Natal, mas ficou estável em relação ao ano passado. Alguns hotéis e pousadas, como a dos Capuchinhos, em Vila Flores, teve 100% de ocupação. O mês de dezembro teve uma retração e ficou com média de 45%.
— O final de ano não é nossa grande temporada. Focamos mais na vindima. A expectativa é de acréscimo de 10% a 15% nessa época — destaca Marcia.
O ano de 2021, segundo Marcia, fechou com quase 40% de ocupação, o dobro de 2020, quando a ocupação foi de 23,98%. A média anual é de 45%.
Expectativa de 250 mil pessoas no Bento em Vindima
Em Bento Gonçalves, um dos principais destinos da Região Uva e Vinho, a comemoração de Ano-Novo registrou alta, conforme explica o secretário de Turismo, Rodrigo Parisotto. Não há um número exato de visitantes, mas ele diz que era visível a presença de mais turistas no município.
Ele também destaca o número de empreendimentos que abriram nesse período, mesmo aqueles que tradicionalmente estariam fechados. Um exemplo é a Miolo, que realizou pela primeira vez o Réveillon Wine Garden, evento limitado a 100 pessoas, cujos ingressos foram todos vendidos de forma antecipada.
— Quando surgiu a nova variante, a Ômicron, reduziu o número de turistas (em meados de dezembro). A onda anterior foi muito traumatizante, pessoas ficaram ilhadas nas cidades e, desta vez, a gente percebeu que seguraram as viagens. Já para o Réveillon, estavam programadas — analisa.
Conforme Parisotto, até novembro Bento Gonçalves recebeu R$ 1,3 milhão de visitantes, número muito próximo de 2017. Em 2020, foram 839 mil visitantes. Para o Bento em Vindima, evento que começa em 14 de janeiro e terá 19 dias de duração, a expectativa do secretário é de 250 mil visitantes. Em 2019, foram 330 mil.