Com a suspensão do modelo de cogestão do distanciamento controlado, o comércio não essencial, tanto de rua como em shopping e centros comerciais, deverá permanecer fechado enquanto a bandeira preta estiver em vigor na Serra, pelo menos de sábado (26) até o próximo dia 7. A decisão provocou reação em entidades representativas.
Em nota, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Caxias do Sul, Renato Corso, reagiu com indignação ao anúncio “de mais um período de portas fechadas para o comércio”. Segundo ele, “mais uma vez, são os pequenos e médios negócios que pagarão a conta da crise sanitária e econômica provocada pela Covid-19”. Corso classifica a decisão como injusta por penalizar os pequenos comerciantes e critica cenas de aglomerações recentes:
“Repudiamos de forma veemente essa decisão porque ela é muito injusta e, mais uma vez, penaliza o pequeno comércio, que gera empregos e que tem uma importância social e econômica muito grande no nosso município. Os comerciantes têm feito a sua parte, exigindo o uso de máscara, respeitando o distanciamento e a capacidade de lotação e acabam sendo prejudicados pela falta de consciência de parte da população que quase um ano após o início da pandemia ainda não se deu conta da gravidade da situação. Vimos, recentemente, cenas lamentáveis de praias lotadas, de aglomerações por conta do futebol, do carnaval, de festas clandestinas, e aí numa decisão de cima para baixo quem acaba sendo prejudicado é o comércio”, desabafa Corso.
Pelas regras da bandeira preta e com a suspensão do Modelo de Cogestão, restaurantes podem funcionar apenas com 25% da equipe de trabalho para o atendimento com telentrega e drive-thru. Essa regra também vale para lanchonetes, lancherias e bares. Salões de cabeleireiro e barbeiro permanecem fechados, assim como serviços domésticos.
Para o setor de comércio varejista de produtos alimentícios (mercados, açougues, fruteiras, padarias) fica permitida a presença de uma pessoa, com máscara, para cada 8m² de área útil de circulação, respeitando limite do PPCI. O mesmo critério é válido para postos de combustível e para o comércio varejista de itens essenciais, tanto de rua como em shoppings e centros comerciais.
Para a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, a situação "é alarmante e é preciso conscientização sobre o acelerado contágio dos últimos dias, que está ocasionando essa sobrecarga no sistema de saúde”, declara. Ela também entende que o comércio varejista não essencial está sendo penalizado pelas aglomerações e o desrespeito às regras básicas para conter a COVID-19: “Temos seguido os protocolos de saúde diariamente, no entanto, é preciso que o poder público coíba essas práticas que são resultado do comportamento de uma parte da sociedade”, defende. Idalice também pede para que o poder público concentre forças para efetivar um plano de vacinação.
A presidente do Sindilojas Caxias aconselha os empresários a utilizar os recursos da CCT – COVID, convencionada durante o período de calamidade pública. Banco de horas negativo e adiantamento de férias para funcionários são alternativas do acordo firmado entre o sindicato patronal e o laboral.
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*Com informações da assessoria de imprensa da CDL Caxias e do Sindilojas