Faz parte ainda do grupo de coordenadores do Projeto São Pelegrino o casal de arquitetos Matias Revello Vazquez e Taísa Festugato. Vazquez acredita no conceito de centralidade urbana, porque pressupõe uma maior integração entre as pessoas, em um mesmo lugar, cujo benefício econômico é inegável.
– Se eu tenho, na mesma região, uma centralidade com áreas de comércio e serviços, misturada com áreas de moradia eu tenho uma economia local mais ativa. Dessa forma, estou fomentando as pessoas que desçam do seu prédio onde moram e, no caminho para o trabalho, passem por farmácia, padaria lojas e isso amplia as possibilidades, além do fato delas não precisarem ser tão dependentes do carro.
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Para o arquiteto, aproximar pessoas também significa aumentar a densidade urbana, sem que isso tenha prejuízo no seu bem-estar.
– As cidades com maior densidade urbana funcionam melhor. O comércio, por exemplo, ocorre melhor onde tem densidade urbana. Por isso, temos de criar formas de o cara que trabalha na farmácia, que fica em São Pelegrino, também morar ali. Defendemos a ideia de habitações sociais em cada uma das centralidades, para que a pessoa trabalhe, more e conviva no mesmo espaço.
Vazquez defende que a proposta não é de um grupo, mas tem sido planejada por 40 voluntários, mas é preciso maior integração com a sociedade e poder público.
– A economia criativa é o que vai proporcionar maior qualidade de vida para as pessoas, vai favorecer a criação de novos negócios, novos mercados, novos serviços e incorporações. É um ciclo virtuoso, que vai se auto alimentando a todo tempo. Mas isso depende de todos nós como sociedade.
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