O encerramento do contrato entre a prefeitura de Bento Gonçalves e a empresa terceirizada CCS, previsto para o final de junho, já atinge os trabalhadores no município da Serra. Conforme a Secretaria de Administração, 640 pessoas serão demitidas de funções como higienização, merenda escolar, motorista e auxiliar de diversas áreas. Além disso, os colaboradores tiveram os valores dos vales-refeição e transporte descontados sobre os dias de isolamento social, o que gera reivindicações.
Mesmo com o fim do contrato, o secretário Ivan Toniazzi garante que a maioria poderá ser recolocada em contratações de uma nova empresa. Recentemente, uma licitação foi barrada pela Justiça por conta de uma das cláusulas presentes no edital. É a que trata de experiência por no mínimo três anos no mercado. Segundo Toniazzi, o item é presente em outros editais do próprio Tribunal de Justiça do Estado.
A prefeitura pagou os valores correspondentes aos salários e vales-refeição e transporte por meio de depósitos judiciais. A empresa alegou que, pela convenção coletiva, eles não devem pagar o vale-alimentação e transporte pelos dias não trabalhados, o que foi acatado pelo Poder Judiciário.
Segundo Toniazzi, haverá contratação emergencial de uma nova empresa nos próximos dias. Nesse tipo de contrato, geralmente o período de atuação é por 10 meses, renováveis por mais 10. Em caso de licitação, seriam cinco anos com possibilidade de renovação.
A empresa CCS Serviços Terceirizados atua há mais de 10 anos em Bento Gonçalves e iniciou aviso prévio aos mais de 600 colaboradores na última segunda-feira (18). Conforme o secretário, a atual equipe irá trabalhar até dia 15 de junho.
A reportagem entrou em contato com a CCS, mas não há atendimento pelos canais de telefone divulgados tanto na unidade de Bento Gonçalves como na sede localizada em Porto Alegre.