Reconhecida internacionalmente — foi indicada ao Grammy Latino em 2017 na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras e representou o Brasil na Copa da Rússia em 2018 —, a Yangos vivia o drama moderno dos músicos: não conseguia vender seus CDs. Natural em uma época em que as pessoas têm ouvido, cada vez mais, música em plataformas digitais.
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Para desencalhar o estoque de CDs, o quarteto pensou: por que não deixar de tabelar o preço e propor que a pessoa pague o que quiser pelo produto? A ideia deu tão certo que eles chegam a vender 100 CDs por show – os fãs costumam pagar de R$ 10 a R$ 20; antes, o valor fixo era R$ 10.
— Tenho certeza de que a maioria não escuta o CD, mas leva como recordação. Essa movimentação fez as pessoas levarem os outros CDs também (a Yangos tem seis trabalhos gravados), e fizemos tiragens de álbuns anteriores — conta César Casara, tecladista.
O valor ganho com a venda tem sido usado para a confecção de produtos como camisetas e adesivos do grupo. As apresentações, que segundo Casara diminuíram neste ano, representam de 70% a 80% da renda da Yangos.