O mês de novembro começou com preços atrativos da gasolina comum. No dia 1º de novembro, era possível abastecer a R$ 3,699 o litro. Ontem à tarde, o preço mais barato nos 16 postos pesquisados pelo Pioneiro saltou para R$ 4,079 – diferença de R$ 0,38 o litro. Desde julho, a gasolina subiu 27% nas refinarias.
Outra mudança de comportamento percebida no levantamento é de que os valores estão praticamente iguais nos 16 postos. A diferença chega, no máximo, a 0,12.
Os consumidores também devem prestar atenção à forma de pagamento. A maioria tem os preços anunciados como promoção do dia, mas tem que ser no dinheiro ou no débito. Cartão de crédito ou cheque tem valores diferenciados. Para se ter uma ideia, em um posto pesquisado pelo Pioneiro, o valor promocional (à vista) é de R$ 3,199. Se o pagamento for no crédito, por exemplo, salta para R$ 4,619 – variação de R$ 0,42 por litro. Num tanque de 40 litros, o rombo é de quase R$ 17.
Desde o final do ano passado, é permitido por lei o desconto em pagamentos feitos em dinheiro. À Gaúcha Serra, o coordenador do Procon de Caxias do Sul, Luiz Fernando Del Rio Horn, destacou que é preciso fazer isso com os devidos cuidados, com as placas que indiquem ao consumidor a diferenciação de preços. Conforme Horn, postos de combustíveis da cidade já foram autuados pela prática do desconto de forma irregular.
Mais barato que Porto Alegre
A Associação Nacional do Petróleo (ANP) não informou a média de preços da última semana na cidade. Em novembro, o valor está em R$ 3,909. No mesmo período, a pesquisa da associação aponta para um valor médio de R$ 4,164, em Porto Alegre. Na comparação, Caxias estaria mais atrativa para abastecer.
O presidente Sindipetro da Serra Gaúcha, Luiz Henrique Martiningui, diz que as revendedoras de combustíveis de Caxias e região estão represando os reajustes anunciados diariamente pela Petrobras. Isso, segundo ele, explica o reajuste mais acentuado dos últimos dias.
— Os postos da grande Porto Alegre têm conseguido repassar os preços quase que imediatamente de acordo com a nova política de preços. Os de Caxias, preferem o repasse semanal ou quinzenal — revela.
E acrescenta:
— Os valores anunciados no início de novembro eram arrojados a atendiam às metas de cada posto. Muitos preferiam vender mais com margens menores.
Sobre a expectativa de novos aumentos, Martiningui mantém a cautela.
— Se a política for mantida, o cenário não é nada animador — prevê.
Isso significa que a gasolina deve continuar subindo.