A cada chuva de granizo na Serra, surgem as lamentações, principalmente dos que não fizeram seguro das lavouras. Mas os que as seguraram também não ficam totalmente satisfeitos. Isso porque os que serão ressarcidos dos prejuízos julgam que pagaram um preço alto pela proteção e que não serão beneficiados o suficiente com a indenização. Eles defendem que mudanças na forma de amparar o produtor aumentariam a adesão nos programas.
Apesar da existência dos seguros do governo federal, que disponibilizam prêmio (apólice) baixo, pagamento do financiamento e até renda, predomina em Caxias a contratação do seguro da produção rural, de seguradora privada, mas com subvenção de até 60% do governo federal na hora da contratação da apólice. O principal programa do governo federal para atenuar prejuízos é o Seguro da Agricultura Familiar, automático em todos os financiamentos feitos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). É acionado em casos de perdas maiores de 30%. Além de cobrir o financiamento ou parte dele, dependendo das perdas, o agricultor poderá receber ajuda em dinheiro de até R$ 7 mil.
O seguro dito preferido é acionado com perdas superiores a 10%, no caso da uva. Ou seja, se o produtor assegurou toda a produção de 100 mil quilos de uva, a R$ 1 o quilo, será ressarcido em R$ 90 mil, no caso de perda total.
Apesar da preferência, os agricultores defendem alterações nesse modelo também. A exemplo do que ocorre em outros estados, eles cobram que os governadores também subsidiem o seguro, em 20%.
O número de produtores que aderiu Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na safra passada em Caxias é pequeno: 915. Na Serra, foram 14 mil.
Lavouras
Agricultores querem mudança no seguro agrícola
Produtores rurais reivindicam que governo do Estado ajude também na subvenção
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