Clientes da RGE devem ter redução de 10,5% na conta residencial e 5,5% na industrial

A conta de luz dos cerca de 1,35 milhões de clientes da Rio Grande Energia (RGE) deve baixar a partir do segundo semestre deste ano. Em audiência pública na manhã desta quinta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou as propostas preliminares de redução. Para o consumidor de baixa tensão, como residências, pequenas empresas e propriedades rurais, a proposta é que haja uma redução tarifária de 10,5%. Já para as indústrias, o índice fica em torno dos 5,5%.

O especialista em regulação da Aneel, Daniel Klug Nogueira, abriu a audiência com a apresentação dos principais resultados da análise técnica da revisão da RGE. Ele explicou que o valor da conta de energia tem caído gradativamente, principalmente com o término de contratos antigos, anteriores a 2005, que custavam muito para a empresa.

- Essa projeção é uma conjunção de fatores, mas os principais são a redução dos contratos e mais antigos e a redução da remuneração regulatório recebida pelos acionistas - explicou Nogueira.

Durante a audiência, os representantes das entidades empresariais criticaram o preço cobrado pela energia elétrica oferecida pela RGE. Orlando Antônio Marin, presidente do Sindicato das Indústrias de Materiais Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), demonstrou a insatisfação das empresas em relação ao custo da energia elétrica na Serra.

- A RGE está na melhor região do Estado, não tem motivo para cobrar 30% a mais, pelo contrário, deveria ser exemplo, e  não ter um conforto de 30% em relação às demais companhias que atuam dentro do Estado. Não há convencimento no setor industrial de que isso seja necessário - contestou Marin.

Com as sugestões recebidas durante a audiência e pela internet, a diretoria da Aneel se reúne para deliberar o assunto. Durante a reunião é que será decidido qual será o índice final a ser praticado pela distribuidora a partir do dia 29 de junho deste ano.

As revisões tarifárias promovidas pela Aneel são sempre precedidas de audiências públicas, onde a agência procura ouvir a sociedade e receber contribuições. A revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão e tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas. Ela é aplicada nas concessionárias de distribuição a cada quatro anos.

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