Até esta sexta-feira, as discussões sobre desenvolvimento sustentável balizam a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, aRio+20. Além de ser uma alternativa ao atual modelo, a economia verde pode gerar dividendos para empresas. Acreditando que o Rio Grande do Sul pode reverter esse quadro, a Proamb, fundação de Bento Gonçalves, iniciou uma discussão há dois anos para que o Estado se torne um polo de desenvolvimento sustentável. A diretora da Proamb, Fabiane Locatelli, explica que a fundação está fazendo pesquisas para identificar os principais problemas ambientais, especialmente da área industrial.
- O objetivo é ver que tecnologias já existem, sejam de universidades ou empresas, daqui ou de outros países, e implantar novos trabalhos, novos negócios que possam trazer formas de solucionar esses problemas - aponta Fabiane.
Para ela, o setor ambiental é uma oportunidade para novas empresas.
- Em relação a tecnologias ambientais, o Brasil está 20, 30 anos atrasado. Lá fora, temos tecnologias mais avançadas. Mas por que não buscar parcerias para que micros e pequenas empresas possam desenvolver equipamentos aqui? Acreditamos que é uma forma de alavancar negócios. Imaginamos que há muitos projetos incubados em universidades seja de tratamento de água, de efluentes, reaproveitamento de resíduos - exemplifica Fabiane.
Nascida em 2006 da necessidade das indústrias vinícolas em dar destinação correta aos resíduos, a Adubare, de Veranópolis, transforma os restos em adubo. Os resíduos são recolhidos e levados a um galpão com ambiente protegido e solo impermeabilizado. O gerente da empresa, Cristian Zandona Criveletto, explica que o material é analisado para comprovar que é totalmente orgânico. Além de restos de vinícolas, a empresa pode receber materiais vindos de incubatórios avícolas e outras agroindústrias. Os resíduos recebem tratamento e viram fertilizante.
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