O Festival Internacional Literário de Gramado, o FiliGram, ocorre entre os dias 19 e 28 de abril, no Lago Joaquina Rita Bier, patrimônio histórico e ponto turístico de Gramado. Essa será apenas a segunda edição do festival, que deve passar a ser realizado a cada dois anos, de acordo com o Secretário da Cultura de Gramado, Ricardo Reginato.
— A ideia é fazer um ano a Feira do Livro e no outro o FiliGram. O evento nasce para desenvolver um pertencimento literário um pouco mais profundo na comunidade de Gramado. Então, queremos fazer uma subdivisão de maneira bem evidente daquilo que é academia, intelectualidade, sociedade e mercado, que é o FiliGram, para aquilo que é para os leitores e trabalho nas escolas, que é nossa Feira do Livro — explica Reginato.
O evento terá como tema “Qual o lugar da palavra?”, promovendo debates acerca da literatura como instrumento de transformação social. Dessa forma, o FiliGram planeja trazer a Gramado nomes nacionais e internacionais para mesas redondas, conversas e vivências. De acordo com o secretário Ricardo Reginato, neste ano, os convidados internacionais devem ser da América Latina.
Nesta edição, o festival desenvolve as reflexões a partir de quatro eixos temáticos sobre o lugar da literatura nos campos do cinema e música; sustentabilidade; literatura de viagens; inclusão e educação.
Além disso, Reginato revela que será criada uma premiação com três categorias, que vão homenagear uma personalidade in memoriam, uma personalidade contemporânea e um empreendedor literário. O secretário assegura que serão divulgados os convidados do festival entre o final de fevereiro e o início de março.
— Vários nomes já estão confirmados no evento, alguns internacionais. Vamos começar divulgando pelos agraciados nas premiações — revela Reginato.
Saiba quais são os eixos de debate do FiliGram 2024
Os bate-papos vão desde música, cinema e literatura até o papel da literatura na educação.
No eixo Na música, no cinema e outras linguagens, os curadores são Chris Fuscaldo, jornalista, escritora e pesquisadora musical, e Roger Lerina, jornalista e crítico de cinema. O papel deles é convidar autores, atores, produtores, diretores, músicos, biógrafos e artistas para conversar sobre a relação entre as três linguagens artísticas.
Para o eixo No eco, focado na literatura ecológica, ambiental, sustentável, acessível e da diversidade, da inclusão e da sociedade, quem trabalha como curadora é a diretora da Associação Negra de Cultura (ANdC) Naiara Silveira.
Nos debates sobre literatura de viagem, turismo literário, imigração e refúgios, perpassando por culturas, costumes, idiomas e dialetos, o eixo Nas viagens e movimentos, buscará estabelecer o vínculo entre as viagens e as histórias. Quem está responsável pela curadoria é Júlia Dantas, doutora em Escrita Criativa e co-fundadora da Baubo, empresa que auxilia escritoras e escritores, e Ángela Cuartas, escritora e tradutora colombiana.
O ambiente escolar e o estimulo à leitura são o foco do eixo No ensino, que tem curadoria de Margha Anschau, licenciada em Artes Visuais pela UFRGS e pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos, e Naiana Amorim, doutora em Estudos da Literatura pela Universidade Federal Fluminense. Nesse debate, ocorre também a participação de uma comissão liderada pela Secretaria de Cultura de Gramado formada por professores, alunos e colaboradores da área da Educação do município.