Um projeto em discussão na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul propõe a criação de um museu a céu aberto na Avenida Júlio de Castilhos. A ideia é utilizar os canteiros centrais da via mais emblemática da cidade para a exposição de obras de arte.
A criação do Museu Aberto de Arte Avenida Júlio de Castilhos (Maajic) foi proposta em agosto do ano passado pelo então vereador Gustavo Toigo (PDT). O objetivo, segundo ele, é facilitar o acesso às obras dos artistas locais.
— O projeto foi concebido para que a comunidade tivesse mais conhecimento dos artesãos, artistas. Também sabemos que Caxias tem bastante tráfego e muita gente circula a pé por ali — explica.
Caso seja aprovada e implantada, as obras ficarão expostas em totens de metal e acrílico, com a identificação da obra e do autor. Segundo o projeto, a escolha pela Júlio se deve ao fato de ser a via mais antiga do município, com diversos marcos arquitetônicos de interesse, além de se confundir com a história da cidade. A justificativa da proposta também aponta espaços de arte ao ar livre que serviram de inspiração, como o Instituto Inhotim, na cidade de Brumadinho (MG), e o Gibbs Farm, na Nova Zelândia.
Ao longo da tramitação do texto, assessorias externas chegaram a recomendar o arquivamento do projeto. O entendimento, entre outros pontos, era de que a proposta poderia gerar despesas ao município, e por isso o projeto não poderia ter origem na Câmara. O assunto, no entanto, voltou a tramitar no início deste ano após adequações no texto.
Na sessão desta quinta-feira (22) o projeto passou pela primeira discussão em plenário. Ainda é necessária uma nova discussão e a votação. Caso seja aprovado, o município não fica obrigado a implantar o Maajic e poderá definir as regras de utilização se decidir levar a ideia adiante.
Como a proposta ainda está em análise no Legislativo e não chegou formalmente ao Executivo, a Secretária da Cultura, Aline Zilli, afirma que não há definição de qual encaminhamento será dado ao tema. Ela entende, inclusive, que o assunto possa ser analisado pelo Conselho Municipal de Política Cultural e pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc).