Há quem julgue a crônica um gênero menor, mas é preciso lembrar de sua potência enquanto linguagem dedicada a olhar para a vida comum, capaz de causar identificação e captar leitores dos mais variados perfis. Três escritores locais que acumulam experiência no exercício da crônica _ inclusive dividindo percepções semanalmente com os leitores do Pioneiro — vão esmiuçar esse universo durante a Feira do Livro de Caxias. Marcos Fernando Kirst, Nivaldo Pereira e Gilmar Marcílio estarão na Galeria de Arte Gerd Bornheim, às 19h deste domingo — originalmente, o encontro se chamava Quatro cronistas em ação, mas Alessandra Rech precisou cancelar sua participação.
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A leveza e a informalidade da crônica darão sabor à atividade, que é aberta ao público.
— Vai ser uma coisa descontraída, falando da crônica como essa linguagem de leveza e de contato muito imediato com o leitor e com o cotidiano. Não vai ser assim uma mesa de palestra, é para ser bem leve como uma crônica é — define Nivaldo Pereira, que assina no Almanaque crônicas escritas sob a ótica da astrologia.
A amizade de longa data que os três mantêm certamente contribuirá para deixar o encontro ainda mais espontâneo. O trio combinou que cada um vai falar um pouco de seu processo criativo e ler trechos de textos autorais, preparando terreno também para um bate-papo cheio de liberdade com os leitores. Afinal, eis aí outra "regra" da crônica.
— A gente trabalha com o elemento mais precioso, que é a liberdade. Olhamos para o que compõe o dia a dia das pessoas, como um retrato daquilo que a sensibilidade coloca diante de nós — aponta Gilmar Marcílio.
Marcos, Nivaldo e Gilmar acumulam cerca de 20 anos cada de intimidade com os leitores do Pioneiro. Essa aproximação entre quem escreve e quem lê, que a crônica tanto prioriza, promete dar tônica ao encontro na feira.
— Que as pessoas nos acolham como acolhem nossas crônicas — espera Marcílio.