Duas regiões que prezam pelas suas tradições culturais, o Cerrado do sudeste e a Serra gaúcha são antagônicos no clima e no relevo, mas têm aproximações importantes em sua formação cultural. E são as peculiaridades que unem na semelhança ou na diferença estas duas vertentes que estarão em voga no show Da Serra ao Cerrado, que levará oito instrumentistas ao palco do Teatro Pedro Parenti, em Caxias do Sul, neste domingo.
Promovido pela produtora mineira Viola de Nois, o show terá quatro representantes serranos: os violeiros Valdir Verona e Paulo Siqueira e os acordeonistas Robison Boeira e Rafael De Boni; e quatro do sudeste, todos violeiros: os paulistas Arnaldo Freitas Bruno Takashy e os mineiros Tarcísio Manuvéi e José Mauro. Com formações em duos, quartetos e até com todos eles no palco, irão apresentar ritmos tradicionais do Sul, como a chimarrita e a milonga, e do cerrado, como o pagode e a folia de reis. A intenção é de que seja um show tocado e conversado, com troca de experiências com a plateia.
Programe-se
O quê: espetáculo musical Da Serra Ao Cerrado
Quando: domingo, às 20h
Onde: Teatro Pedro Parenti (Rua Dr. Montaury, 1333 - Caxias do Sul)
Quanto: R$ 10, no local
– Existem convergências entre essas duas culturas como o tropeirismo, por exemplo, que foi algo que no passado nos ligou. Foi um dos primeiros elos entre o Sul e o Sudeste. Há músicas que cantam isso. Também vamos tocar as músicas deles e eles as nossas. A ideia é que a gente possa não apenas falar das músicas de cada região, mas também dos instrumentos. A importância que tem a gaita na nossa cultura é a mesma que tem a viola para a do cerrado – comenta Valdir Verona.
Artista cuja aproximação com Caxias se deu na última edição do Aldeia Sesc, em novembro do ano passado, Tarcísio Manuvéi (o apelido é pela forma como ele se dirige aos amigos), se diz profundo apreciador da cultura gaúcha, principalmente na forma como as tradições se complementam para formar uma identidade.
– O gaúcho não preserva apenas a sua tradição artística, mas também sua vestimenta, sua culinária, o hábito do chimarrão... E essa identidade cultural muito forte, tudo isso reflete na poesia. Uma coisa ajuda a outra. Em Minas, isso também acontece, posso dar o exemplo do pão de queijo, da cachaça, que são muito associados ao nosso povo e também são cantados em muitas músicas – compara o violeiro.
Oficina
Na véspera do show, haverá um workshop gratuito de gaita e violão, no Teatro do Sesc, voltado para músicos profissionais e amadores ou interessados em conhecer mais sobre as culturas do Sul e do Sudeste.
A primeira turma será das 10h às 12h e uma segunda das 14h às 16h. Interessados podem se inscrever de forma presencial no SAC do Sesc Caxias do Sul, pelo telefone (54) 3221-5233 ou pelo e-mail blima@sesc-rs.com.br.
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