Em fevereiro do ano passado mostramos aqui no Almanaque a história de Linho Bergamin e Vanessa Zandoná Sartori, moradores da Serra que desde março de 2016 estão em uma viagem de volta ao mundo prevista para terminar em 2020. Na época, o tecnólogo em Automatização Industrial natural de Cotiporã e a engenheira de alimentos nascida em Veranópolis se preparavam para a segunda etapa da aventura, dessa vez pelo continente africano. Na primeira parte, eles já haviam percorrido as três Américas, durante nove meses, nos quais rodaram 54 mil quilômetros.
Na metade de abril, o casal embarca para a cidade de Porto Viro, na Itália, onde terá início a terceira fase do périplo internacional, desta vez pela Europa. Foi na pequena cidade localizada na região do Vêneto que o casal deixou o Jeep 1946 super equipado, a bordo do qual realiza o percurso desde que saiu da Serra.
Leia Mais: Caçadores de sonhos
Além de desbravar as maravilhas europeias, Linho e Vanessa pretendem chegar à Rússia para acompanhar o desempenho da Seleção na Copa do Mundo nas cidades onde haverá jogos. O retorno ao Brasil está planejado para dezembro. Na viagem, eles também planejam obter a cidania italiana.
SOLIDARIEDADE
No cronograma dos aventureiros, 2019 está reservado para palestras pela Serra. Ao compartilhar suas experiências de viagem nos três primeiros anos, Bergamin e Vanessa querem juntar dinheiro para adquirir equipamentos especializado para o tratamento de infecções de pele, úlceras, amputações e queimaduras que serão doados a comunidades e instituições de saúde que conheceram durante a jornada pela África. A meta é, em parceria com o Lions Clube, fazer 100 palestras e distribuir 100 equipamentos. Cada um deles custa de R$ 12 mil.
– Há lugares onde a pobreza é extrema e onde preparam as refeições em grandes caldeirões sobre o fogo. Só que em muitos casos, ocorrem acidentes e as pessoas acabam se queimando. Em toda a África existem também muitas regiões de conflito, de guerra, e os equipamentos são necessários durante o tratamento – explica Bergamin.
Os três primeiros equipamentos já foram entregues: um na África do Sul, um em Moçambique e um na Etiópia. Nesses casos, as máquinas foram doadas pela fabricante, a empresa caxiense Tone Derm.
Do período em que atravessaram o continente africano de Sul a Norte, o casal guarda todos os tipos de lembranças, desde as mais tristes, como a miséria, até momentos felizes, especialmente dos lugares onde foram acolhidos.
– Desde que começamos nossa viagem, já fomos acolhidos por mais de 40 famílias. Gente que nunca tinha nos visto e abriu as portas de suas casas para nos receber. É isso que faz valer a pena – lembra Vanessa.
Interessados em contribuir com o casal podem entrar em contato pelo Facebook Avoltaaomundo / Caçadores de Sonhos ou pelo WhatsApp (54) 99925-1312.
Leia Também:
Tríssia Ordovás Sartori: Pelo fim da invisibilidade
Próspera e (ainda) atrativa: relembre a passagem de caxienses pelo Balneário de Camboriú, em Santa Catarina
Pedro Guerra: Tapa na cara
Próspera e (ainda) atrativa: relembre a passagem de caxienses pelo Balneário de Camboriú, em Santa Catarina
Conheça o morador de Caxias do Sul que participou das eliminatórias do MasterChef Brasil 2018