Embora em menor número que os italianos, os imigrantes poloneses também fazem parte da história de Caxias do Sul e região, e, como eles, chegaram ao Estado há 140 anos. É um pouco da cultura desse povo que o professor aposentado e advogado Iraci José Marin - descendente de italianos e casado com uma neta de poloneses - transportou para o livro À Margem do Rio (EST Edições, 144 páginas, R$ 30), romance que tem sessão de autógrafos na manhã deste sábado, das 9h às 11h, no Ponto de Cultura Casa das Etnias (Av. Independência, 2.452, atrás do fórum), em Caxias.
Marin, 65 anos, conta que a história se passa na fictícia Linha 11 de Novembro, uma localidade situada à beira de um rio, num dos vales da Serra. O nome do lugar, explica, é uma referência à data em que, após a I Guerra Mundial, a Polônia ficou independente. Na trama, encontramos descendentes de imigrantes poloneses e os dilemas que eles vivem, envolvendo questões como cultura, religiosidade, êxodo e miscigenação.
Esse é o segundo livro do autor, que já havia publicado uma obra de pesquisa sobre imigração polonesa. Um dos fundadores no núcleo local da Braspol, organização que reúne descendentes de poloneses e simpatizantes dessa cultura, Marin é também o coordenador do Ponto de Cultura Casa das Etnias
