Em tempos em que festas, eventos e toda e qualquer celebração estão temporariamente cancelados ou adiados, vale recordar de uma interrupção que marcou o calendário de Caxias do Sul nas décadas de 1930 e 1940. Falamos do período de 12 anos em que a Festa da Uva deixou de ocorrer, entre 1938 e 1949 – muito em função do Estado Novo de Getúlio Vargas, da entrada do país na Segunda Guerra Mundial, em 1942, e dos conflitos entre nacionalistas e seguidores da Ação Integralista Brasileira, movimento encabeçado por Plinio Salgado e alinhado ao fascismo italiano.
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Depois das edições de 1931, 1932, 1933 e 1934, o evento teve sua edição derradeira da década em 1937. Detalhe um: não houve escolha da rainha, após a badalação em torno de Adélia Eberle (eleita em 1933) e Odila Zatti (em 1934). Detalhe dois: a edição marcou a inauguração da então “Fonte Luminosa”, o clássico chafariz da Praça Dante. Foi também a última edição ocorrida lá. Em 1950, quando retornou ao calendário festivo do município, a celebração ocorreu a algumas quadras dali: nos pavilhões da antiga Cooperativa Madeireira Caxiense, atuais hipermercados Big e Zaffari.
Na imagem ao lado, a praça lotada de espectadores e turistas em março de 1937, com a Rua Dr. Montaury ao fundo. À epoca, a Montaury abrigava o antigo Banco Nacional do Comércio (na esquina com a Júlio) e o Hotel Menegotto (posterior sede da Escola de Belas Artes e da Biblioteca Pública Municipal). Tempos depois, o hotel seria transferido para o prédio da Rua Marquês do Herval.
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