Descendentes do casal de imigrantes italianos Stanislao e Pasquoa Sirena voltam a se reencontrar neste final de semana, dias 5 e 6 de outubro. A celebração ocorre na comunidade de São Victor e Corona da 5ª Légua, com ampla programação (leia mais abaixo).
Conforme informações repassadas pela família, Stanislao, Pasquoa e os filhos Giacomo, 21 anos, Giovanni, 17, e Luis, 11, saíram de Feltre, região do Vêneto, no norte da Itália. A bordo do navio Provence, eles chegaram ao Porto do Rio de Janeiro em janeiro de 1886. O itinerário seguiu o mesmo das centenas de famílias que rumaram às colônias italianas do Rio Grande do Sul.
Após a chegada em Porto Alegre, eles embarcaram em um pequeno vapor até São Sebastião do Caí, seguindo viagem no lombo de mulas até Caxias, onde ficaram hospedados no chamado barracão dos imigrantes. Posteriormente, a família fixou-se na 5ª Légua.
Os descendentes
Durante a viagem, o filho Giacomo conheceu a viúva Oliva Pasa, que estava no mesmo navio juntamente com sua filha de dois meses – ambos casaram logo após a chegada em Caxias. Giacomo faleceu em 1892, pouco antes do nascimento de seu terceiro filho. Já o irmão Giovanni, então casado com Corona Sartor e pai de duas filhas, resolveu explorar terras em Antônio Prado, entre 1893 e 1895.
Logo em seguida, a viúva Oliva Pasa Sirena e o irmão caçula Luis Sirena também deixaram Caxias, indo morar em Antônio Prado. Foi onde Luis conheceu Maria Luigetto, com quem casou em 1896. A partir de 1911, o casal resolveu explorar terras na região do Alto Uruguai, para onde, tempos depois, os familiares do irmão Giacomo também se deslocaram. Atualmente, os descendentes da família estão espalhados por diversos estados do Brasil e também pelo Paraguai.
Bodas de prata em 1953
A foto acima traz parte da descendência de Giovanni Sirena, nascido em 26 de dezembro de 1869 e chegado ao Brasil em 1886. De sua união com Corona Sartor, nasceram 13 filhos; Angela Pascoa, Josephina, Antonio, Felix, Maria, Luis, Jacob, Dosolina, Hermenegildo, José, Tereza, Amabile e João.
O registro destaca a comemoração dos 25 anos de casamento de José Sirena (o décimo) e Clara Boff, em 1953. Na imagem vemos o casal com seus filhos: Waldemar Sirena e a esposa Elzira Maria Sirena (com o filho Tarcisio no colo), Ulderico, Geni, Fermino, Antonio, Anaide, Anelda, Alda, Osmar (junto ao pai José) e Maria (no colo da mãe Clara).
Também aparecem, entre outros familiares, os irmãos, cunhadas e cunhados de seu José: Antonio Sirena e Dosolina Mary Sirena; Felix Sirena e Augusta Dambroz; Luiz Sirena e Amália Rossa; Jacob Sirena e Maria Pistorello; e Dosolina Sirena e Angelo Brisotto.
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Atrações
Esta será a quinta edição da festa, que volta a ser realizada na comunidade de São Victor e Corona da 5ª Légua, onde ocorreram os dois primeiros encontros, em 2007 e 2009. Em 2011, o evento foi sediado em Três Arroios, na região do Alto Uruguai, e, em 2016, no município catarinense de Xanxerê.
As atividades começam ainda neste sábado (5), com uma palestra sobre cidadania Italiana ministrada por Zardel Zanchin. Após, ocorre um desfile de vestidos de noivas de diferentes gerações da família, seguido de filó animado pelo conjunto Amigos da Serra.
No domingo (6), está prevista missa com a participação do Coral Stella Alpina, seguido de almoço colonial e atividades culturais.
Contatos
:: Neusa Sirena Vergani: (54) 99978.2907
:: Roma Vergani: (54) 98138.7906
:: Bernadete Pergher: (54) 99179.9620
:: Moacir Marchioro: (54) 99180.7304 (reserva de ingressos)
Parceria
Informações desta coluna são uma colaboração de Bernadete Lourdes Pergher.
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A família Sirena foi uma das tantas eternizadas pelo fotógrafo Sisto Muner (1892-1974) em Galópolis. Muner também registrou as diversas montagens do grupo de teatro amador do Círculo Operário Ismael Chaves Barcellos, encenadas no palco do Cine Operário em meados da década de 1940 – várias delas, inclusive, tiveram a participação da jovem Elzira Felippi Sirena.
Acima, o grupo que atuou na peça de cunho religioso Judith Degola Holofernes, em 14 de novembro de 1948. Sentados vemos Maria Scola, Zita Forner e Nilo Forner (de bigode). Atrás, entre outros, estão Argemiro Rigon (com o cesto), Clementina Sandi (com o chapéu de palha), Bonifácio Stragliotto (de lenço no pescoço), Elzira Felippi Sirena (com a valise) e o padre Olívio Bertuol, diretor do grupo.
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