Empossada no último mês de dezembro como coordenadora do Centro de Cultura Ordovás, Claudete Taiarol Travi assume com duas prioridades imediatas: formação de público e valorização da história da Vinícola Luíz Antunes. Ambas passam pela aposta em desenvolver projetos de educação patrimonial, visando integrar o espaço com as escolas do município. Claudete, que chega da Divisão de Museus da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), considera que chegar ao público mais jovem é a receita para incrementar e diversificar a comunidade frequentadora do Ordovás.
Como pontapé inicial, a coordenadora convidou o jornalista Rodrigo Lopes para fazer a curadoria de uma exposição sobre a história da vinícola, que encerrou as atividades nos anos 1980, e o processo de transformação da sua sede no Centro de Cultura, inaugurado em 2001. Prevista para inaugurar no dia 8 de fevereiro e seguir até 3 de março, a mostra será parte da programação da Festa da Uva. Além de levar para a Galeria de Exposições o acervo do memorial da vinícola, irá apresentar fotos ampliadas, reproduções de reportagens antigas e depoimentos gravados para o banco de memória oral do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami.
– Pude participar da criação do Ordovás e agora percebo que ele precisa ser conhecido, também, como um espaço de memória da cidade. O acervo do memorial ocupa um lugar muito restrito, de poucos destaque (próximo à entrada pelo Zarabatana Café). Muitas pessoas sequer notam que ele está lá. Queremos aproveitar a revitalização que essa mostra irá possibilitar e levá-lo para um lugar que faça jus à sua importância, que ainda será discutido – comenta Claudete, que está em férias.
Ainda na esteira da exposição, o Centro de Cultura irá preparar uma série de atividades educativas para o patrimônio e preservação para ocorrerem ao longo do ano.
– A experiência que tenho na divisão de museus me mostrou a importância de formação de público, especialmente na área de patrimônio histórico, e o quanto crianças e adolescentes ficam encantados com exposições desta temática. Pode ser uma porta de entrada para o mundo da cultura, pois muitos voltam para mostrar para os amigos ou para os pais aquilo que viram. Acredito ser um passo bastante importante para fazer com que a comunidade se aproprie do centro cultural e a gente possa atingir um público ainda mais diverso – destaca Claudete.
Entre os planos para a sequência do ano a coordenadora aponta a intenção de estreitar laços com grupos artísticos do município, como a Orquestra de Sopros e o Coro Municipal, e a revitalização dos jardins, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente.