Dando sequência à série sobre a trajetória de músicos e conjuntos que marcaram as décadas de 1950, 1960 e 1970, destacamos hoje as raras imagens do ensaio realizado pelo fotógrafo Mauro De Blanco (1923-2010) com o Grupo Musical Itamone em 1972.
O filme completo integra o acervo do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami e foi doado pela família após a morte do profissional, em 2010. Porém, boa parte dos negativos chegou já comprometida à instituição, com mofo, manchas e imperfeições — devido às oscilações de temperatura e às condições inadequadas de conservação na chácara do fotógrafo.
Mesmo assim, trata-se de uma produção ímpar e bastante avançada para a época — com os músicos de pés descalços, fazendo piruetas e em poses pra lá de malucas no estúdio do fotógrafo, na Avenida Júlio de Castilhos.
Conforme percebe-se nas imagens, De Blanco utilizava-se de objetos do próprio ambiente de trabalho para montar o cenário, junto ao fundo infinito. Entravam aí cadeiras, escadas, tubos de material fotográfico, canhões de luz, refletores, tripés, jornais, revistas, maletas e as próprias máquinas utilizadas por ele. Tudo em meio à fiação exposta.
No melhor estilo "bastidores", as fotos desta coluna trazem o Itamone no auge como uma big band, em 1972. O grupo era formado pelo músicos Vladimir Latuada, o Bigode, embora não usasse o adereço (flauta e sax); Argus Montenegro (bateria); Rui Barbosa Ribeiro (contrabaixo); Severino Araújo, o Pernambuco (trompete); Edwino Menegat (teclado); Eloy Teixeira, o Paco (guitarra); Miguel Angelo Cornutti (vocal); e Paulinho Lata Velha (sax tenor). O ensaio, que destacou imagens individuais e em grupo, traz ainda poses com o baterista Jonas Nei Rubira.
Confira um por um.
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