"Nunca foi com a mãe no Pastifício Caxiense ou passou na frente e sentiu o cheiro de bolacha. Nunca comprou retalho de biscoito no Pastifício. Não sentiu o cheiro de biscoito saindo do pastifício. Não ficou na fila para comprar biscoito avulso lá no Pastifício Caxiense". Todas essas lembranças apareceram na postagem do Facebook que brincava com a atual febre do momento: "Se diz cria de Caxias, mas..."
Não é pra menos. Produtos como os clássicos Biscoitos Pérola e as Massas Diana dominaram a mesa de gerações de consumidores desde 1963, quando as novas instalações da fábrica situada na Rua Feijó Jr., bairro São Pelegrino, foram inauguradas. É desta época a imagem maior acima, do moderno setor de empacotamento dos biscoitos Pérola, já aparelhado com esteiras.
Inauguração do novo Pastifício Caxiense em 1963
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São Pelegrino: ontem e hoje
O novo complexo instalado em 1963 marcou o início à fase áurea da empresa, surgida ainda no início dos anos 1950. Foi quando empresário Martino Dal Pont e os filhos Ary, Dino e Ítalo alugaram uma padaria localizada na Rua Os Dezoito do Forte, pertencente ao Moinho Germani, com a intenção de fabricar massas e biscoitos.
Em pouco tempo, o sucesso do negócio impulsionou a transferência da fábrica para a Rua Feijó Jr., em frente a atual Galeria Arte Quadros. Já em 1954, a empresa mudou-se para outro ponto da via, exatamente onde, nove anos depois, surgiria o novo e amplo prédio.
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Cria de Caxias
O Pastifício Caxiense encerrou suas atividades em meados dos anos 1990, mas as lembranças não se apagam, principalmente nas redes sociais. As respostas que mencionavam itens alimentícios e endereços gastronômicos foram as que mais "bombaram" em comentários e lembranças. Definitivamente, quem é "cria de Caxias", passou pelo Pastifício Caxiense.
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