Diretor da Estação Experimental de Viticultura e Enologia e com atuação marcante na vitivinicultura, o italiano Celeste Gobbato presidiu a Festa da Uva de 1933 e desde sempre incentivou a participação de produtores de uva e vinho. Entre eles, a vinícola Adega Pezzi, produtora dos clássicos vinhos da marca Perdigueiro - o rótulo, logicamente, foi inspirado na raça canina, marcando época no mercado brasileiro.
Celeste Gobbato e os primórdios do abastecimento de água em Caxias do Sul
Conforme o relatório da festa de 1933, a Vinícola Pezzi recebeu classificação e premiação no quesito em que destacava a beleza dos estandes. Além da Pezzi, foram laureadas a Vinícola Antunes, a Sociedade Vinícola Riograndense, John Jurges & Cia e Luiz Michielon. Como prêmio, a Livraria do Globo ofereceu uma caneta Haro para o empresário Ettore Pezzi.
A sede
A Vinícola Adega Pezzi foi constituída por Ettore Pezzi em 1918. A empresa localizava-se na Rua Marquês do Herval, entre as Os 18 do Forte e Sinimbu. O empreendimento tinha como sócio o irmão Mário Pezzi.
Em 1928, quando Getúlio Vargas, então presidente do Estado do Rio Grande do Sul, visitou Caxias do Sul, foi recepcionado na Adega Pezzi. A empresa mostrou a Vargas todo o processo de engarrafamento.
Adega Pezzi: uma esquina, 40 anos de diferença
A fachada da empresa na Rua Marquês do Herval, em meados da década de 1920. Foto: reprodução/ acervo de família
História em livro
Em 1996, a descendente Susete Pricilla Pezzi rememorou as origens da família Pezzi em livro. A capa foi ilustrada com um retrato do avô, Abramo Pezzi, nascido no norte da Itália.
Professor na região de Trentino, Pezzi emigrou para o Brasil em 1876, época em que a antiga vila tinha apenas 400 casas. Com uma cultura avançada adquirida na Europa, Abramo começou a lecionar em sua própria residência.
Ettore e Mário são filhos de Abramo Pezzi.
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Capa do livro lançado por Susete Pricilla Pezzi em 1996. Foto: reprodução, acervo de família.