Os tempos áureos do Cine Teatro Ópera e a posterior decadência são conhecidos na ponta da língua por historiadores, jornalistas e artistas. Mas os bastidores do grande incêndio que sepultou as esperanças de preservação de um símbolo da cultura caxiense foram apagados da memória coletiva.
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Há exatos 20 anos, na madrugada da véspera de Natal, as chamas consumiram a estrutura na esquina das ruas Pinheiro Machado e Dr. Montaury. Era o fim de uma luta que se arrastava havia uma década em torno do antigo cinema. Só que ao contrário da mobilização do início dos anos 1990, o desfecho da investigação sobre o incêndio não despertou interesse da imprensa e da própria comunidade.
Não há documentos arquivados ou anotações precisas sobre o trabalho que tentou estabelecer se o fogo foi obra de criminosos ou acidente - as causas permanecem sob um manto de dúvidas até hoje.
A única certeza é de que a apuração da Polícia Civil não avançou por dificuldades e falhas na coleta de provas, e também pela falta de pressão de setores que outrora reivindicavam a preservação. Um detalhe crucial apontado por pelo menos duas testemunhas também nunca foi esclarecido: quem eram os homens que estavam no prédio momentos antes de o fogo começar.
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20 anos depois
Saiba por que a investigação da polícia não esclareceu o incêndio do Cinema Ópera, em Caxias do Sul
Chamas consumiram a estrutura na esquina das ruas Pinheiro Machado e Dr. Montaury na madrugada da véspera de Natal
Adriano Duarte
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