Malhar e ter o corpo em forma, com músculos definidos, é coisa comum. Basta espiar nas academias para ver que muita gente não descuida dos cuidados com a saúde. Mas um outro tipo de ginástica - a cerebral - vem ganhando espaço e importância.
Isso porque, assim como o corpo, que necessita de atividade para se manter bem, também o nosso cérebro precisa de exercícios para sair do sedentarismo. Sem estímulos novos, ele se acostuma a uma espécie de zona de conforto, onde esquecimentos, redução da capacidade de raciocínio e de concentração se tornam bastante comuns.
Utilizada desde a década de 1960 por norte-americanos e japoneses, a ginástica cerebral ou neuróbica é uma das formas indicadas por neurocientistas em todo o mundo para estimular o cérebro a sair do piloto automático e potencializar suas habilidades.
No Brasil, existem várias técnicas de neuróbica. Uma delas foi desenvolvida há sete anos pelo engenheiro Antônio Carlos Perpétuo, formado pelo Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA). Inicialmente, ele queria ajudar o filho a melhorar a concentração na escola, mas conseguiu muito mais do que isso. Com a ajuda do ábaco ou soroban, um instrumento milenar de cálculo criado pelos chineses, Perpétuo percebeu melhorias na concentração, disciplina e perseverança.
Complementando o uso do ábaco com ferramentas pedagógicas desenvolvidas por psicólogos e pedagogos, Perpétuo criou um método de ginástica cerebral que hoje é aplicado em dezenas de franquias espalhadas no Brasil. Em Caxias do Sul, a primeira foi aberta no final de abril.
- O objetivo do curso é melhorar a qualidade de vida e fazer com que as pessoas desenvolvam suas habilidades cerebrais, combatendo déficits de atenção, ajudando na resolução de problemas do dia a dia, desenvolvendo pensamento crítico, criativo e evitando doenças - detalha Josi Marcolin, diretora franqueada do método Supera na cidade.
A ginástica cerebral pode e deve ser praticada por pessoas de todas as idades. Nas crianças, ajuda a melhorar a concentração e o aprendizado; no adultos, concentração, visão de lateralidade para resolver os problemas do trabalho e da vida cotidiana; nos idosos, fortalecem a memória e evitam ou diminuem os efeitos de doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer.
Saúde preventiva
Ginástica que ajuda o cérebro a ficar em forma chega a Caxias do Sul
Exercícios melhoram concentração, raciocínio e turbinam a memória
GZH faz parte do The Trust Project