Eu deveria falar de como a Maísa, aquela menina prodígio do SBT que cresceu, tem mandado bem nos posicionamentos para fugir do machismo alheio. Ou sobre como podemos ser complacentes em algumas situações, tentando relativizar ou justificar o machismo ou a violência. De como precisamos, desde a adolescência, aguentar pseudo brincadeirinhas, tomá-las como elogios quando são, na verdade, uma afronta. Como precisamos nos impor e nos desconstruir o tempo todo, de como esse processo é difícil. De como ficamos sujeitas aos julgamentos alheios – se casou, se separou, se decidiu ser mãe ou não ter filhos, se quer sair por aí pegando geral ou se adora o amor romântico e monogâmico, se trabalha muito e deixa os filhos na escolinha, se deixa de trabalhar para ficar com os filhos. Sempre tem alguém pra emitir uma opinião, quase sempre infeliz. Feminismo pra quê, né?
Opinião
Tríssia Ordovás Sartori: Amor para todos
Dá uma revolta em perceber que a ficha da igualdade ainda não caiu para muita gente
Tríssia Ordovás Sartori
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