As últimas semanas foram horríveis. Tudo aquilo que poderia acontecer de negativo aconteceu, problema atrás de problema, como se tudo tivesse resolvido esperar para se manifestar exatamente na mesma hora.
Sim, é um mega drama. Nada de catastrófico ocorreu de fato, até porque tenho certeza de que a gente adora maximizar as pequenas tragédias do dia a dia – ainda mais quando elas vêm todas juntas. E foi isso que eu fiz: entrei nessa espiral das coisas ruins.
E olha que eu nem precisei procurar uma explicação. No meio disso tudo, uma amiga fez questão de lembrar que eu estava no meu inferno astral. Sabe como é, o mês do signo anterior ao seu (no meu caso, Virgem) é conhecido como o inferno astral. Sim, um mês todinho dedicado para essas pequenas tragédias que, se somadas, viram uma enxaqueca simbólica que não pode ser remediada.
Automaticamente eu preferi ignorar a lembrança de que estava “naqueles dias” (sim, foi um trocadilho idiota). Sabia que se tomasse para mim a informação de que estava vivendo o meu inferno astral, era aí mesmo que eu me transformaria em um grande ímã capaz de atrair todas as coisas ruins. Uma desgraça se escorando na outra, convidando as decepções e os acidentes para embarcarem nessa todos juntos. Mas, bem... eu não pude evitar. Mesmo sem querer, sempre que algo ruim acontecia, eu jogava a culpa no meu inferno astral sem nem ponderar.
Desculpa, é que eu sou libriano.
Somos conhecidos pela nossa vontade incessante de querer estar bem com tudo e com todos (algo bem “a la” miss universo em busca da paz mundial). Então, quando algo dá errado sem que tenhamos previsto para assim adiantar uma solução, perdemos o eixo. E sendo Libra o signo da balança, estar fora de equilíbrio é equivalente a desespero infinito.
Contei os dias para que o meu inferno astral chegasse ao fim. Adoro os Virginianos, mas eles hão de me desculpar – que tempinho difícil, hein? Setembro, que sempre foi um mês bem-vindo, agora se tornou sinônimo de ansiedade, e sei que não deveria ser assim. Afinal, reclamar nunca é uma boa opção. Vai que alguém inventa de me dizer que agora existem dois períodos de inferno astral?! Sei lá, algo semestral. Deus (ou que o universo) me livre!
No fim das contas e das estrelas, o inferno mesmo somos nós e toda a nossa capacidade de rejeitar aquilo que é natural da vida: tempos ruins virão e irão. Estamos vivendo, simples assim. Mas que nessas horas eu gostaria de ser canceriano, ariano, capricorniano ou até mesmo pisciano (vou me arrepender de falar isso, certo), ô se gostaria...