Cismar mirando estrelas: eis uma atividade tão antiga quanto o homem. A abóbada celeste pintalgada de luzes envolvendo desde alturas infinitas a noite escura terrestre exerce um natural fascínio sobre nós. Quando sossegamos o corpo, e a mente, também mais quieta, se abre a uma observação mais atenta a tudo, o próprio mistério da vida nos enreda a partir do espetáculo sideral. Não há como não viajar no cosmos. E tal viagem meditativa é para fora e para dentro, rumo ao espaço aberto e rumo ao que nos habita no íntimo. Aliás, essa conexão entre o plano superior e o nosso, corpóreo, é a base da astrologia, arte ancestral que nasceu das inquirições humanas sobre as relações entre céus e terra.
Viajar no cosmos
Opinião
Sobre ver e ouvir estrelas
O hábito de olhar o céu, ativando a imaginação e o devaneio, deve ter moldado o cérebro dos sapiens para produzir poesia
Nivaldo Pereira
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