Nivaldo Pereira
Já fazia tempo que a gente andava triste — por tanta frustração, por um futuro que se anunciava sombrio —, quando veio a pandemia. Aí tivemos que lidar às pressas com o medo, a insegurança, o desespero e, pior que tudo, encarar ela, a morte, sempre chegando perto. Tivemos que acionar nosso instintivo programa de resistência e apenas sobreviver. Hábitos foram alterados, outros se instalaram. Pareceu uma eternidade, mas os ventos mudaram, ainda bem, e já caminhamos por aí sem máscara e sem medo, com alguma esperança na mente. No entanto, parece que a velha tristeza persiste em nós. Cadê aquela alegria que, de tão genuína, dizíamos ser brasileira?
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