O 6 de abril de 2024 pode ingressar na seleta lista de datas que ficarão marcadas para a história do torcedor do Juventude. Tal qual o 7 de junho de 1998 ou o 27 de junho de 1999.
A única e principal coincidência entre esses três jogos é que eles ocorrem longe do Alfredo Jaconi. E mais uma vez como visitante o time alviverde tentará construir um capítulo importante de sua trajetória.
Ao contrário do primeiro título do Gauchão e do da Copa do Brasil, no ano seguinte, o Juventude não tem agora o aporte da Parmalat. E isso só aumenta a grandiosidade do feito. Chegar em pé de igualdade a um dos rivais da Capital, com um elenco muito mais estrelado, é uma missão cada vez mais difícil. Só que a equipe de Roger Machado conseguiu.
Derrubou o favoritaço Inter nas semifinais, cresceu de produção na hora decisiva e mostrou no jogo de ida que tem totais condições de enfrentar o Grêmio de Renato Portaluppi de igual para igual.
O Tricolor contará com o apoio de mais de 50 mil vozes das arquibancadas, tem a qualidade do seu elenco e Diego Costa como grande artilheiro. Ao mesmo tempo, apresenta algumas fragilidades defensivas que fazem o torcedor jaconero acreditar ainda mais.
E isso ficou claro no jogo de ida, quando o Grêmio não abdicou de jogar, mas correu pouquíssimos riscos. Não tentou sair jogando e optou, em muitos momentos, por oferecer a posse de bola ao Juventude.
Na Arena, o cenário pode ser diferente. O Grêmio precisará sair um pouco mais, ser agressivo. E isso, obviamente, pode gerar mais riscos ao Juventude. Só que também fará com que o time de Roger tenha espaços para jogar da forma como gosta, vertical e em velocidade.
É uma grande decisão. E muito provavelmente será vencida pelo time que souber entender melhor o desenho do jogo, errando menos e sendo efetivo.
Após 26 anos, chegou o dia de o Juventude voltar a conquistar um título.