
Segue tudo igual. E da mesma forma como aconteceu na semifinal diante do Inter, o Juventude fez um jogo competitivo com o Grêmio, mas não conseguiu abrir vantagem no Estádio Alfredo Jaconi. Foi um duelo muito mais brigado do que jogado. A decisão ficou para a Arena, e segue completamente aberta.
Se do lado de fora do gramado prevaleceu a festa pacífica das duas torcidas, dentro de campo era evidente o clima de tensão. Ninguém queria oferecer espaços ao adversário. Pressão alta na saída de jogo e muita ligação direta da defesa para o ataque dos dois lados.
O Juventude demorou a se encontrar. Foram necessários 10 minutos para que o time da casa conseguisse sua primeira jogada mais trabalhada. Se os times de Roger e Renato jogavam na bola longa e explorando os erros do adversário, o Alviverde teve as principais chances da primeira etapa, em vacilos de Rodrigo Ely, mas não foi efetivo. Parou em Caíque em duas oportunidades.
Com a entrada de Rildo na vaga do lesionado Edson Carioca, o Ju ganhou uma nova característica ofensiva, de mais drible. Mas o ex-gremista pouco produziu. O Grêmio conseguiu controlar as ações e o empate sem gols até o intervalo acabou sendo justo.
No segundo tempo, o cenário foi outro no início. Empurrado pela torcida, o Juventude de Roger Machado voltou mais agressivo. E finalizou três vezes em cinco minutos. De novo, o gol não veio.
Aos poucos, o equilíbrio foi retomado. Por mais que o time da casa tivesse mais volume, faltava criação e efetividade. Jean Carlos e Lucas Barbosa, bem marcados, não estiveram em seus melhores dias. No fim, o Grêmio mostrou-se satisfeito com o resultado e o time de Roger Machado acabou lutando até o fim, sem se expor.
Por mais que a decisão seja na Arena, o experiente time do Juventude já mostrou que tem condições de replicar seu estilo de jogo longe de casa. Mesmo que possa haver algum tipo de frustração dos jaconeros, o título ainda é muito possível.