Foi um jogo com dois tempos distintos. E as vaias do torcedor grená após o apito final deram o tom da insatisfação e da frustração com o empate do Caxias em 2 a 2 com o São Luiz, no Estádio Centenário. A equipe de Gerson Gusmão deixou escapar uma ótima oportunidade de ampliar sua arrancada positiva na competição.
Na primeira etapa, o time grená abriu o placar logo cedo, com o golaço de Galvan, e se manteve, sem sofrer sustos, demonstrando a sua superioridade técnica. Em um contra-ataque de manual, Peninha recebeu de Dudu Mandai e cruzou com perfeição para Álvaro fazer o segundo do time e o terceiro dele no Gauchão.
Com domínio das ações, a formação com Peninha, Elyeser e Galvan se destacou pela transição de qualidade. Além disso, foi pouco ameaçada. Era um jogo controlado e que parecia se encaminhar para uma vitória.
Veio o intervalo e a troca de Galvan por Tomas Bastos. Só que não foi apenas o camisa 7 que deixou o campo. O Caxias perdeu intensidade e o controle da partida. O São Luiz mudou sua tática e, mesmo com suas limitações, empurrou o adversário para a defesa. Já os donos da casa passaram a abdicar da posse de bola e errar demais.
O resultado? O São Luiz passou a acreditar. Colocou dois centroavantes e passou a insistir nas jogadas pelos lados do campo. E aí, assim como já havia acontecido em Erechim, a defesa grená vazou. Mesmo já com três zagueiros em campo e uma formação mais cautelosa, o Caxias viu Yan Philippe subir mais alto que todo mundo e, aos 41 minutos do segundo tempo, sacramentar o 2 a 2.
Um empate com gosto amargo para o Caxias.