Desta vez, as lágrimas não foram de frustração, de tristeza, de descrença. Desta vez, o Caxias não bateu na trave, não ficou no quase.
E como era merecido que o torcedor do Caxias e quem vive de corpo e alma o clube grená, enfim, pudesse vivenciar este momento do acesso nacional.
Na decisão, não faltou emoção e sofrimento. Do apito inicial até os intermináveis 11 minutos de acréscimos. Antes, veio o pênalti, a grande chance. E da mesma forma como Eron disse que viu um filme de sua vida passar pela cabeça, muitos torcedores remoeram naquele momento todas as dores que sentiram nos últimos oito anos. Bola na rede, e um pouco de alívio.
Que só se confirmou com o apito final, que tirou da garganta o grito que estava entalado. Fez as lágrimas saírem de forma natural, desta vez de alegria, em uma explosão de felicidade que tomou conta daqueles que estavam no Rio de Janeiro e dos que ficaram em Caxias do Sul ou em qualquer outra parte do mundo torcendo pelo Grená.
Foi um sábado para ficar na história. Foi o dia 2 de setembro que marcará o fim de um ciclo tortuoso e que deixou marcas em cada um que vivenciou o dia a dia no Centenário. Ao mesmo tempo, foi um ciclo que fez o clube crescer como organização esportiva, deixando para trás crises internas desnecessárias e ideologias que não faziam o Caxias se desenvolver como merecia.
Hoje, o Caxias chega na Série C fortalecido. Falando em brigar por vaga na Série B no ano que vem. Estruturado para não deixar que o martírio da Quarta Divisão se repita.
Pode ter certeza, torcedor: acabou. Deu de Série D. Deu de sofrimento. Agora, no máximo, é celebrar nestes jogos restantes e brigar pelo título nacional.
Mas o sofrimento ficou lá junto aos braços do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.