Alguns podem considerar conservadorismo. Outros, covardia. Mas é fato que o Juventude não pode iniciar um confronto diante do Novo Hamburgo com quatro volantes e sem qualquer esboço de criatividade. O time briga, compete, é consistente, mas joga muito pouco. E os resultados mostram isso. Principalmente os dois últimos.
O Juventude era e é melhor que o Anilado. E isso ficou claro no jogo desta segunda-feira (30). Só que, entrando inicialmente para se resguardar, o time de Celso Roth foi enfadonho. Insistiu em lançamentos longos ou nas jogadas individuais de Echaporã. Sem aproximação, sem jogadas trabalhadas pelos lados de campo, sem efetividade na bola parada.
O Juventude criou e até poderia ter vencido. Mas também é verdade que o Novo Hamburgo só não assustou mais porque carece de muita qualidade. Está entre as equipes que vai brigar contra o rebaixamento.
Se não quiser sofrer ali na frente e realmente disputar as semifinais, Roth precisará rever conceitos e fazer com que o time evolua em todos os aspectos. Não adiantará apenas ser competitivo e organizado. Principalmente diante dos rivais do Interior, o Juventude precisa, de alguma forma, se impor e mostrar que é um clube de Série B.