A eliminação na Copa São Paulo é decepcionante para o Juventude, mas não pode ser um encerramento de ciclo ou um sinal de terra arrasada para essa geração. Existem ótimos valores no grupo comandando por Filipe Dias. Além disso, boa parte do elenco que participou da competição vive a transição do sub-17 para o sub-20. E a maturidade pesou, especialmente na derrota para o Nacional.
Em muitos momentos, o Ju mostrou ter mais bola no pé. Especialmente com Felipe Rangel e Guilherme Teixeira, valores que precisam ser bem trabalhados nos próximos anos. Só que o futebol não se faz apenas da qualidade, da posse de bola. O Nacional soube marcar, competir e, mais do que tudo, ser efetivo. Era um mata-mata antecipado, e o Juventude sucumbiu diante do nervosismo e da precipitação ofensiva.
De toda forma, vale reforçar que esse é um trabalho do qual o clube ainda deve colher frutos em breve. Ao optar deixar Ruan, Pará, Rafinha e outros atletas com idade para disputar a Copa São Paulo treinando com o profissional, o departamento de futebol alviverde fez uma escolha. Queria observar os guris e, ao mesmo tempo, dar espaço para outros que despontaram do time sub-17 ou foram garimpados no ano passado. A partir de agora, mesmo com a frustração pela queda precoce, é importante que o trabalho de Filipe Dias tenha sequência e o sub-20 possa se fortalecer com essa experiência.