O Juventude da última rodada do Gauchão foi um resumo da campanha pífia na competição. Uma equipe sem criatividade e que não conseguiu se impor diante de um rival inferior tecnicamente. E assim como em outros jogos, o Brasil de Pelotas competiu mais. Mereceu vencer e se classificar.
Agora, resta ao Juventude tirar aprendizados dessa campanha para o restante da temporada. De imediato, terá de encontrar soluções para avançar na Copa do Brasil, quinta-feira (17), contra o Real Noroeste, fora de casa. Depois, reavaliar escolhas, peças e montar um elenco muito mais forte para o Brasileirão. Das contratações feitas para a temporada, poucas deram uma resposta positiva. Talvez, César, Danilo Boza, Rodrigo Soares e Isidro Pitta possam ser consideradas as exceções. Paulo Miranda, Darlan e Guilherme Parede precisam mostrar muito mais.
E, diante da necessidade que a temporada impõe, o Juventude precisará ter jogadores mais decisivos do meio para a frente. Com a saída de Zárate, o elenco ficou sem um armador. Está aí uma peça fundamental. O mesmo vale para as extremas.
Um dos grandes diferenciais do Ju em 2021 foi encontrar um meio-campo móvel e dinâmico, com Dawhan, Jadson e Castilho. E misturar a experiência com a jovialidade no setor será fundamental para que o sucesso venha de novo, mesmo com atletas de características diferentes. Por fim, na defesa, fica a impressão de que William Matheus precisa de uma sombra, um jogador que chegue para disputar de fato a posição com ele.
As carências são muitas, o mercado vai estar aberto e o Juventude precisará encontrar as peças certas para reencontrar o caminho de um bom futebol. Com novo técnico e tempo para treinar, a equipe precisa iniciar o Brasileirão muito diferente do que acabou o Estadual.