O Juventude do segundo tempo contra o Aimoré é um resumo das dificuldades apresentadas pela equipe no Campeonato Gaúcho. Especialmente fora de casa. Com exceção ao jogo diante do Grêmio, foi um time sem força e que por vezes parece não entender a competição. Mesmo para um time de Série A, é preciso saber competir.
Foi assim em Ijuí, em Frederico Westphalen e agora em São Leopoldo. Mesmo nos jogos dentro de casa, o Juventude não conseguiu se impor. Não sabe traduzir a qualidade técnica de alguns jogadores em criação, em bola no pé. Ou mesmo encontrar maneiras de vencer os jogos quando o desempenho não é tão satisfatório.
Além disso, é justamente a competitividade o ponto que mais chama a atenção. Não dá para ver o Aimoré trocar passes e sequer ameaçar uma marcação mais firme. No segundo tempo, de novo, faltou reposição aos extremas e o desgaste fica muito evidente. As mudanças não surtem efeito e o time fica refém das bolas paradas, que são ineficientes.
Nas cinco trocas contra o Aimoré, é no mínimo estranha a ausência de Bassani como opção. Darlan, de novo, ficou muito abaixo. Com um elenco insuficiente, algumas peças que precisavam render mais não aparecem. Guilherme Parede, que até dava sinais de evolução nos últimos jogos, sucumbiu em São Leopoldo. Enquanto teve pernas, Zárate foi importante, mas ele ainda está chegando, se ambientando.
Resumindo, o cenário é cada vez mais preocupante. O jogo diante do Aimoré era crucial após a surpreendente vitória do São José sobre o Inter. Agora, dentro do Z-2, o clássico Ca-Ju ganha tons ainda mais decisivos. Ou então, sobrarão só dois jogos para evitar um fiasco histórico.