Tudo é uma questão de oportunidade. No caso do goleiro, é muito difícil que um jovem receba chances em um time de Série A do Brasileiro com menos de 20 anos, como acontece em outras posições. Talvez por uma questão de amadurecimento ou mesmo pela responsabilidade que a função carrega.
Nesta temporada, na largada do Gauchão, William, de 24 anos, cria do Jaconi, deve receber esse voto de confiança no Juventude. Elogiado internamente e de bom desempenho na base, no time de aspirantes e nos treinamentos com o grupo principal, o jogador será observado com mais atenção pela comissão técnica e deve ser titular contra o Inter, amanhã. César, contratado junto ao Londrina, também terá sua chance em breve.
Antes de pensar em contratar um goleiro experiente, é importante ver o potencial dos dois. Também pela necessidade do clube, o Juventude lançou goleiros promissores em sua história recente. Teve Follmann, depois Airton e Elias. Mas, por mais que o peso de vestir a camisa do clube seja o mesmo, todas essas apostas ocorreram bem longe da elite nacional.
Na Primeira Divisão, vale lembrar de Diego, que brilhou em 2002, e do próprio Marcio Angonese, hoje treinador de goleiros do clube, nos anos 1990.
Agora, é a vez de William. Que, depois de tanto empenho, ele saiba agarrar a chance em um momento tão especial na carreira.