Muitas vezes, em uma análise mais fria, é difícil dimensionar todos os aspectos de uma partida. Da mesma forma, em alguns casos é preciso que o tempo corra para entendermos a importância de um jogo ou a participação em um campeonato dentro da história de um clube.
Todo esse momento filosófico vem depois de um momento simbólico dentro da retomada do Juventude na Série A do Brasileiro. Não foram poucos os relatos que li sobre o que aconteceu nesta terça-feira à noite. O estádio lotado contra o Bragantino e o ambiente criado para o duelo remetem a muitos outros confrontos históricos do clube. De títulos, de acessos, de fracassos, de roteiros especiais.
Mais do que isso, são marcos que transcendem o futebol, o simples resultado de campo. Afinal, quantos novos torcedores o Ju pode ter ganho em uma noite? Quantas crianças conheceram o Alfredo Jaconi para, talvez, nunca mais desapegar dele?
E isso não está ligado com a derrota ou a vitória em campo. É claro que o ambiente festivo no final é contagiante, mas não se trata apenas disso. É sobre a forma como o torcedor se comportou, os gritos de incentivo, o apoio incondicional ao camisa 9 que errou o pênalti, o nervosismo com o jogo em aberto e o êxtase no apito final.
As mais de 18 mil pessoas que estiveram no Alfredo Jaconi presenciaram um evento especial. Daqueles que ficarão para a história, seja qual for o desfecho do Brasileirão deste ano.