Por mais que seja o mais indicado pelos especialistas e o método mais eficaz apresentado até agora para combater a covid-19, a vacina ainda não é uma unanimidade no Brasil. E, como em qualquer escolha em uma sociedade democrática, ninguém é obrigado a se vacinar. Porém, quando levamos essa discussão ao aspecto profissional, se essa escolha interferir o seu trabalho e, no caso de Rafael Jaques, no dia a dia do clube, ela precisa ser questionada por quem está no comando.
O treinador grená tem 45 anos e já poderia ter sido imunizado. Não o fez. Acabou sendo mais um dos infectados pelo coronavírus e estará de fora da próxima partida do clube grená na Série D. Além disso, abriu a possibilidade de infectar outros integrantes da comissão técnica ou do grupo de jogadores. Uma situação desnecessária e que poderia ter sido evitada.
É claro que, mesmo imunizado com a primeira dose, Jaques poderia ser infectado, assim como ocorreu com o gerente Ademir Bertoglio. Porém, nesse momento, o que vale é o exemplo, a forma como nos comportamos diante de uma situação tão prejudicial a toda sociedade.
O "não tenho tempo", "vou me vacinar essa semana" e "tenho preocupação com as reações" são desculpas muito ouvidas nas últimas semanas, nos mais diferentes segmentos da sociedade. E ficam só como desculpas, de quem, provavelmente, não vivenciou a covid-19 de perto e nem faz ideia do que ela pode acarretar.