Matheus Peixoto sairá muito maior do que quando chegou ao Juventude. E com todo os méritos possíveis. Mesmo sabendo da proposta para o futebol do Exterior e ciente do interesse de um grande clube brasileiro, o camisa 9 foi a campo na segunda-feira (26), deu seu máximo e ajudou mais uma vez o Juventude a conquistar um grande resultado diante da Chapecoense.
Não conheço pessoalmente o atacante e nem estou aqui para defendê-lo, mas o que Peixoto construiu com a camisa do Juventude merece muitos aplausos. Questionado pela torcida e em alguns momentos criticado pela imprensa por seu rendimento durante o Gauchão, o jogador soube passar por cima de tudo isso. Fez até aqui um Brasileirão sensacional. É sim um dos grandes responsáveis pela campanha segura do Verdão no campeonato, e não apenas pelos gols.
Nas entrevistas, e aí cito particularmente uma que concedeu ao Show dos Esportes da Serra, Peixoto mostrou seu um atleta acima da média. Inteligente, consciente do seu papel na equipe e sabedor do quanto o Juventude poderia ajudá-lo a conseguir algo a mais no futuro. E isso se confirmou também.
A negociação, agora, é algo natural, seja pelo desempenho e o desejo de evolução do atleta ou pelo interesse do Bragantino em lucrar com um dos seus ativos. Por outro lado, a direção do Juventude não tinha como fazer diferente. Lá atrás, quando optou de forma acertada em não ficar com Wesley, era impossível imaginar que Peixoto daria tão certo. E, mesmo pensando agora, o percentual que o clube receberia não valeria a mancha que poderia significar manter no grupo um atleta que tinha problemas tão sérios no extracampo.
No final das contas, Peixoto sai por cima e o Juventude, dentro da realidade de um clube médio na Série A, precisará novamente se reinventar e encontrar uma alternativa para suprir sua ausência, seja com peças do próprio grupo ou com uma necessária busca por reforços na janela de transferências internacionais que se reabre agora em janeiro.