Caros leitores, voltei após um período de licença para a realização de um curso do outro lado do mundo. Durante 14 dias, participei de aulas, visitas técnicas e passeios organizados pelo Beijing Chinese Language and Culture College, de Pequim. A oportunidade foi possível graças a uma bolsa oferecida pela Embaixada da China no Brasil.
Tive a chance de conhecer, além de pontos turísticos, museus e escolas, empresas de tecnologia, como Baidu, conhecida como o Google chinês, e IFlyTek, especialista em inteligência artificial. Prometo contar nas próximas colunas o que vi nas sedes das duas marcas.
Hoje quero compartilhar a boa impressão que tive do transporte entre cidades na China. Fiz o trajeto de cerca de 1,3 mil quilômetros em Shanghai e Pequim de trem e levou aproximadamente quatro horas e meia. A viagem é tranquila e confortável e o bilhete equivale a R$ 450. De carro, o tempo estimado é de quase 13 horas.
Já o percurso entre Caxias do Sul e Florianópolis, de cerca de 450 quilômetros, por Lages, durou sete horas — a passagem varia de R$ 170 a R$ 208. Precisei embarcar na Capital catarinense porque não havia mais voos disponíveis entre o Hugo Cantergiani e São Paulo e, como todos sabem, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado.
Inevitável não pensar, enquanto voltava para casa, também por Florianópolis, em como seria bom termos a opção de um trem, principalmente neste momento que mostra a limitação da malha aérea no nosso Estado.